Economia

Sondagem da CNI segue mostrando cenário desafiador para a indústria da construção

A Sondagem da Construção, pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria, continua mostrando um cenário “desafiador para a indústria da construção”. Segundo dados divulgados na manhã desta sexta-feira, 23, o nível de atividade está abaixo do usual desde maio de 2012 e, assim como o emprego, continua em tendência de queda. Porém, a instituição considera que há sinais de que a crise está diminuindo.

O indicador que mede a atividade do setor variou dentro da margem de erro em agosto e marcou 41,8 pontos, 0,5 ponto abaixo do registrado em julho. O indicador acumula alta de 8,5 pontos no ano, o que indica redução do ritmo de queda da atividade.

De acordo com o documento, a queda do nível de atividade e do número de empregados tem sido menor que a observada durante todo o ano de 2015 e os indicadores de expectativa têm apresentado um cenário menos adverso do que o esperado há alguns meses atrás.

“Os empresários ainda não se mostram otimistas como nas indústrias de transformação e extrativa, mas os indicadores de expectativa têm apresentado um cenário menos adverso do que o esperado há alguns meses atrás. Os indicadores, embora permaneçam abaixo dos 50 pontos, têm se aproximado cada vez mais dessa linha divisória, sinalizando redução do pessimismo dos empresários em relação aos próximos meses”, diz a pesquisa.

O indicador de emprego permaneceu praticamente estável, em 39,6 pontos, na passagem de julho para agosto e acumula alta de 6,6 pontos no ano. Valores abaixo de 50 indicam queda da atividade e do emprego em relação ao mês anterior.

Enquanto isso, o indicador do nível de atividade efetivo-usual caiu 1,1 ponto na passagem de julho para agosto e encontra-se 22,3 pontos abaixo da linha divisória de 50 pontos. Ainda assim, não se pode afirmar que o movimento de redução da ociosidade, que se iniciou no segundo trimestre, tenha chegado ao fim.

Para os próximos meses, a expectativa continua negativa. Segundo a pesquisa, empresários ainda estão pessimistas e os indicadores de expectativa oscilam dentro da margem de erro na passagem de agosto para setembro. Os índices de expectativa do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços passaram de 46,1 e 44,8 pontos em agosto para 46,9 e 45,5 pontos em setembro, respectivamente.

Na mesma base de comparação, os indicadores de expectativa de compras de insumos e matérias-primas e do número de empregados variaram de 44,3 e 43,5 pontos para 45,0 e 44,1 pontos, respectivamente. Os índices de expectativa variam de 0 a 100 pontos. Valores abaixo dos 50 pontos indicam expectativa em queda.

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