O consumo de energia no território paulista somou 72 milhões de toneladas de óleo equivalente (toe) em 2015, o que corresponde a uma redução de 1,3% em relação aos 72,9 milhões de toe registrados no ano anterior, segundo informações do Balanço Energético do Estado de São Paulo, publicado pela secretaria estadual de Energia e Mineração. Entre os energéticos, destaque para a retração de 7,4% no consumo de derivados de petróleo e a queda de 3,7% no consumo de energia elétrica.
Dentre os derivados de petróleo, a maior queda foi da gasolina, que recuou de 8,1 milhões de metros cúbicos de 2014 para 7,1 milhões em 2015, destacou a secretaria. Já a eletricidade, que representa 17% do total de energia consumida no Estado, teve uma retração de 5.617 gigawatt-hora (GWh) de 2014 para 2015, para 145.106 GWh.
Conforme o documento, etanol e bagaço de cana, que juntos representam 33% do consumo de energéticos de São Paulo, foram os únicos que registraram aumento em 2015, de 14,4% e 9%, respectivamente.
O secretário de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles, avaliou que a queda no consumo dos principais energéticos é resultado da desaceleração da economia nacional. “A crise econômica que o Brasil vive nos últimos dois anos se traduz diretamente no consumo dos energéticos. São as empresas reduzindo a produção, o transporte movimentando menos carga e as pessoas economizando na energia elétrica, no gás e no combustível”, disse, por meio de nota.
De acordo com ele, em 2016, o Estado de São Paulo ainda terá um consumo próximo ao do ano passado. “Apenas a partir do segundo semestre de 2017 deveremos ter uma produção econômica que impacte no aumento do consumo de energéticos”, disse.
São Paulo consumiu 27,6% de toda a energia utilizada no Brasil em 2015. A participação do Estado no consumo nacional ficou em 23,2% nos derivados de petróleo, 6,3% no coque de carvão mineral, 11,5% na lenha e carvão vegetal e 18,8% em outros energéticos. Já entre os insumos energéticos renováveis, São Paulo teve participação de 62,7% do bagaço de cana, 38,8% do etanol e 27,8% da eletricidade.
Oferta
A oferta total de energia em 2015 no Estado foi composta na maior parte por derivados de petróleo (36,4%) e cana-de-açúcar (25%). A energia elétrica participou com 17,3%, ou 145.106 GWh, o etanol com 12 bilhões de litros ou 8,6%, e o gás natural com 4,8 bilhões de metros cúbico ou 6,6% do total.