Economia

Geração e consumo de energia elétrica caem em setembro

Neste mês, a geração de energia elétrica no Brasil caiu 1,8% e o consumo teve queda de 1,7% na comparação com o mesmo período de 2015. Os dados preliminares são do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), coletados entre 1º e 27 de setembro. No mês passado, tanto o consumo quanto a geração de energia elétrica no País ficaram praticamente estáveis (+0,1%) na comparação com agosto de 2015.

De acordo com a análise, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) alcançou 58.934 MW médios este mês, com queda de 6,4% no mercado cativo (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras de energia, influenciada pela migração de clientes cativos para o mercado livre (ACL). Desconsiderando esse movimento, a queda seria de 2,1%.

Já no ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, houve aumento de 13,6% no consumo, que, sem o registro de novas cargas vindas do mercado cativo, apresentaria redução de 0,6%.

Setores

Dentre os ramos monitorados pela CCEE, incluindo autoprodutores, consumidores livres e especiais, os setores que registraram maior aumento no consumo foram os de comércio (+61,4%), serviços (+44,1%) e alimentício (+34,7%). O crescimento destes setores está vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre. Os setores de extração de minerais metálicos (-20%) e transporte (-2,9%), por sua vez, apresentaram redução. Expurgando os efeitos de migração, apenas os segmentos de metalurgia e produtos de metais, químico e de saneamento apresentam evolução.

Geração

Quanto à geração de energia, houve entrega de 60.952 MW médios ao SIN em setembro. O destaque foi o crescimento da produção eólica (+58%) com 4.949 MW médios. A geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, alcançou 41.891 MW médios, montante 0,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. A representatividade da fonte foi de 68,7% sobre toda energia gerada no País, índice 1,7 ponto porcentual superior ao registrado em 2015.

Os dados preliminares apontam queda de 18,5% na produção das usinas térmicas, impactada pelo desempenho das usinas a óleo (-63,6%), a gás (-31,8%), bicombustível (-27,8%) e carvão mineral (-20,3%).

O boletim também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, até a quinta semana operativa de setembro, o equivalente a 83,6% de suas garantias físicas ou 42.554 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este porcentual foi de 81,5%.

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