Os preços de mensalidades no ensino superior brasileiro cresceram em média 4,5% no primeiro semestre de 2016 ante igual período do ano anterior, de acordo com levantamento da Quero Educação, empresa que gerencia oferta de bolsas de estudo na internet. Estudo da companhia aponta que em todas as áreas de cursos os aumentos de preço nos cursos presenciais e à distância foram inferiores ao INPC, indicador utilizado para o dissídio de professores.
No ensino presencial, cursos de engenharia tiveram reajuste de 3,6%. Já na área de ciências sociais, negócios e direito, a alta foi de 4,6%.
O estudo mostra ainda que os estudantes de ensino superior privado são sensíveis a preço, sobretudo em cursos de custo mediano. No curso de Direito, que é o mais buscado para bolsas de estudo segundo o levantamento, o impacto que aumentos de preço gera na demanda é quase inexistente quando o curso é de mensalidade alta, superior a R$ 1 mil.
Já nos cursos entre R$ 400 e R$ 1000, o impacto de aumentos de preço é considerado elevado. Nessa faixa média, mudanças de preço podem ser a diferença entre a empresa alcançar 20% ou 90% da demanda potencial.
Os patamares de preço variam de cidade a cidade e o estudo mostra que São Paulo e Recife têm tido buscas crescentes por menores preços. Segundo a pesquisa, Brasília e Curitiba são cidades que têm aceitação maior de preços.
De fato, Brasília e Curitiba foram duas das únicas três capitais estudadas em que os reajustes de preço no ensino presencial superaram a inflação. A terceira foi Manaus. Em Brasília, o reajuste foi de 14,6%. Em Curitiba e Manaus as altas foram de 12,4% e 12,3% respectivamente. Em São Paulo, o reajuste no primeiro semestre foi de 5,6% e, no Recife, de 3,8%. O INPC do período superou 11%.