O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, informou nesta quinta-feira, 6, que o número de funcionários afastados das fábricas caiu para 7,3 mil em setembro, de 22,3 mil em agosto. Em agosto, havia 19,8 mil trabalhadores cadastrados no Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e outros 2,5 mil em regime de lay-off (suspensão temporária de contratos). Em setembro, esses números recuaram para 5,3 mil e 2 mil, respectivamente.
As empresas que aderem ao PPE podem reduzir a jornada de trabalho e o salários dos seus funcionários em até 30%, com metade da diminuição salarial compensada pelo governo federal. O programa foi criado em julho do ano passado pelo governo de Dilma Rousseff.
Segundo Megale, a redução se deve a ajustes internos das empresas. “Algumas deixaram de usar o PPE porque agora precisam produzir mais, enquanto outras saíram porque perceberam que a sua força de trabalho já estava adequada”, disse o executivo, reforçando que há um consenso entre as montadoras de que o programa “é um grande instrumento que permite que a indústria faça ajustes em caso de necessidade conjuntural”.
Em setembro, a indústria eliminou 1.368 vagas de emprego. Segundo o presidente da Anfavea, quase todos os desligamentos do mês foram resultado de programas de demissão voluntária realizados pelas montadoras.