Economia

Poupança volta a perder recursos e saque no ano já soma R$ 50,5 bi

O volume de recursos que os investidores sacaram da poupança em setembro, já descontadas as aplicações, foi de R$ 2,352 bilhões, informou o Banco Central. Os saques líquidos de setembro foram inferiores aos verificados em agosto, quando R$ 4,466 bilhões deixaram a poupança.

Com o resultado do mês passado, a fuga dos investimentos da caderneta de poupança de janeiro a setembro deste ano chegou a R$ 50,539 bilhões. O resultado ficou próximo dos R$ 53,791 bilhões de saques líquidos verificados no mesmo período de 2015 – este o maior volume de saques na série histórica do Banco Central, iniciada em janeiro de 1995, para os nove primeiros meses do ano.

Em 2016 até o momento, em função da crise econômica, que faz as famílias recorrerem aos recursos da poupança para fechar as contas, foram verificados saques líquidos em todos os meses: R$ 12,032 bilhões em janeiro, R$ 6,639 bilhões em fevereiro, R$ 5,380 bilhões em março, R$ 8,246 bilhões em abril, R$ 6,592 bilhões em maio, R$ 3,718 bilhões em junho, R$ 1,115 bilhão em julho, R$ 4,466 bilhões em agosto e, agora, R$ 2,352 bilhões em setembro.

A deterioração da caderneta neste ano se dá por conta da piora do cenário econômico, com a alta da inflação e do aumento do desemprego. Além disso, outros investimentos se tornaram mais atrativos ao apresentarem rentabilidade maior.

A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) – esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 14,25% ao ano.

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