A União Europeia montou nesta sexta-feira um plano de resposta ao rápido avanço dos militantes do Estado Islâmico no Iraque e à consequente crise com refugiados, permitindo o envio direto de armamentos para os combatentes curdos que enfrentam os insurgentes sunitas. Diversas nações prometeram entregar mais ajuda humanitária e militar à região.
O encontro de emergência entre ministros dos países membros em Bruxelas evidenciou o desejo de maior investimento no Iraque. As autoridades da UE se comprometeram a ajudar os iraquianos que fogem do avanço do Estado Islâmico, com diversas nações anunciando que iriam enviar toneladas de suprimentos para o norte do Iraque nos próximos dias.
A França prometeu enviar armas para os curdos. O Reino Unido deve entregar munição e provimentos militares obtidos das nações do leste europeu e está considerando o envio de mais armamentos. Alemanha, Holanda e outros também disseram que vão considerar os pedidos curdos por armamento.
Os ministros das Relações Estrangeiras europeus também pediram que próximo primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, forme urgentemente um governo que seja “inclusivo e capaz de atender às necessidades e aspirações legitimas de todos os cidadãos iraquianos”. Autoridades dos EUA e da UE afirmaram que poderão aumentar seu apoio ao Iraque assim que um governo estável estiver instalado.
O Estado Islâmico têm avançado pelo norte do Iraque desde junho, expulsando o Exército iraquiano e tomando controle da segunda maior cidade do país, Mosul. Milhares de pessoas foram mortas e mais de 1,5 milhão foram obrigadas a fugir.
França, Reino Unido, Itália e Alemanha prometeram enviar ajuda humanitária e estão entregando dezenas de toneladas de suprimentos para os refugiados, incluindo água, comida e materiais médicos. O ministro das Relações Estrangeiras alemão, Frank-Walter Steinmeier, disse que voaria para o Iraque no final de semana para discutir a possível ajuda com os líderes curdos e com o governo de Bagdá. Fonte: Associated Press.