O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta quinta-feira que está “extremamente preocupado” com as evidências cada vez maiores de que tropas russas estão ampliando suas invasões na Ucrânia, aproveitando para advertir a Rússia de que, se isso não mudar, o país poderá sofrer “novas consequências”.
“O presidente Vladimir Putin tem dito que a Rússia está disposta a encontrar uma solução pacífica para o conflito, mas essa declaração não tem credibilidade quando se tem notícia de que seu país continua apoiando os separatistas pró-Rússia com envio de armas e tropas”, disse o primeiro-ministro britânico, em comunicado. “Não é suficiente apenas se envolver nas negociações em Minsk, enquanto tanques russos continuam atravessando as fronteiras com a Ucrânia”.
Também nesta quinta-feira, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, disse que a União Europeia teve acesso a novos relatórios que apontam para uma presença crescente de tropas russas na Ucrânia e um avanço dos separatistas em regiões até então sem conflitos. Com essas novas informações, Cameron sustentou que tal postura precisa acabar e fez um apelo para que os russos seguissem um caminho diferente, buscando uma solução para a crise. “Se a Rússia não parar, então ela não terá dúvidas de que haverá novas consequências”, disse.
O comunicado não especifica que tipo de consequências seriam essas, mas, até o momento, algumas sanções econômicas já foram impostas por Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Austrália e Noruega. No próximo sábado, líderes da UE se reúnem em Bruxelas, na Bélgica, para discutir os conflitos na Ucrânia e possíveis novas sanções.