Em Teresina, disputam a prefeitura neste domingo, 29, Dr. Pessoa (MDB), representante da oposição, e Kleber Montezuma, tucano, que defende o legado do partido que comanda a capital piauiense há quase 30 anos. As eleições 2020 também colocam em lados opostos as principais lideranças políticas do Estado de olho em 2022. Com o emedebista, estão o governador Wellington Dias (PT) e o senador Marcelo Castro (MDB). Com o tucano, o atual prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), e o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas.
Durante a campanha eleitoral, chamou atenção a estratégia de Dr. Pessoa em não participar de debates e sabatinas promovidas pelas emissoras de TVs locais. De acordo com a última pesquisa eleitoral do Ibope, divulgada na segunda-feira, 23, ele aparece com 55% das intenções de voto, ante 30% de Montezuma. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos porcentuais, para mais ou para menos, e foi registrada no TRE/PI sob o número 826/2020.
Kléber Montezuma (ESQ.) tenta confirmar legado eleitoral do PSDB na capital piauiense contra Dr. Pessoa (MDB). Foto: Divulgação/ Tribunal Superior Eleitoral
Dos 11 candidatos a prefeito de Teresina, apenas Mário Rogério (Cidadania) declarou apoio a Kleber Montezuma neste segundo turno. Quatro declararam apoio a Dr. Pessoa, incluindo Gessy Fonseca (PSC), Fabio Novo (PT) e Fabio Abreu (PL), que ficaram em 3º, 4º, 5º lugares, respectivamente. Os demais pedem anulação do voto ou liberaram as bases para votarem como quiserem.
Os tucanos tentam imprimir em Dr. Pessoa a imagem de que, caso ele vença, não terá controle sobre a gestão, tendo em vista a influência de políticos tradicionais do Piauí em sua campanha. Já os emedebistas acusam Montezuma de não ter capacidade de diálogo com a sociedade e seu grupo ser o responsável por governar Teresina por décadas e não solucionar problemas estruturais que a cidade enfrenta.