Internacional

Cidadãos de Serra Leoa saem às ruas após 3 dias

As ruas de Freetown, capital de Serra Leoa, ficaram novamente movimentadas nesta segunda-feira após um confinamento nacional sem precedentes de três dias. Nesse período, afirmaram as autoridades, funcionários da área de saúde verificaram 1 milhão de casas, procuraram pacientes com ebola e passaram informações sobre a doença.

Mas ainda não estava claro se o confinamento ajudou a conter a disseminação da doença que já matou mais de 2.600 pessoas no oeste africano. Autoridades ainda não informaram quantos novos casos suspeitos foram descobertos nos últimos três dias, mas pelo menos 71 corpos foram enterrados durante o período em que a população foi obrigada a ficar em casa.

Uma coletiva de imprensa para anunciar os resultados da medida foi adiada, com o objetivo de dar tempo a algumas autoridades, que se espalharam pelo país, voltarem para a capital.

Abdulai Bayraytay, porta-voz do governo, disse na manhã desta segunda-feira que funcionários coletavam informações sobre se a ação contribui para conter o ebola. A expectativa é que eles informem quantos novos casos da doença as equipes encontraram. A nova coletiva de imprensa deve ser realizada na terça-feira.

Joe Amon, diretor de saúde e direitos humanos do Human Rights Watch, disse que há poucas razões para acreditar que o confinamento foi eficiente na contenção da transmissão, já que é muito difícil colocar em prática a proibição para que toda a população fique em casa.

“Pode-se argumentar que é estritamente necessário, não porque seja uma forma eficiente de conter a transmissão, mas sim porque é necessário levar mensagens sobre a doença para a população”, afirmou ele.

Grupos levando sabão e informações sobre o ebola visitaram cerca de 75% das 1,5 milhão de casas do país, informou o Ministério da Saúde. Alguns moradores reclamaram de falta de comida. Rumores de que o sabão distribuído estaria envenenado colocou em questão os esforços educacionais.

Acredita-se que mais de 560 pessoas tenham morrido por causa da doença em Serra Leoa, país com 6 milhões de habitantes. O ebola também se dissemina pela Libéria e Guiné, e há casos limitados da doença na Nigéria e no Senegal. Fonte: Associated Press.

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