O Parlamento da Grécia foi formalmente dissolvido nesta quarta-feira, dando a partida oficial a uma campanha eleitoral que trouxe de volta preocupações sobre a estabilidade política do país em meio à crise da dívida europeia.
Por tradição, a dissolução formal do Congresso ocorreu quando uma autoridade legislativa afixou um decreto presidencial nas duas principais entradas da Casa, que fica localizada no centro de Atenas. O documento, assinado pelo presidente Karolos Papoulias e pelo primeiro-ministro, Antonis Samaras, determinou o dia 25 de janeiro para as novas eleições e anunciou que o Parlamento seria reaberto no dia 5 de fevereiro após a votação.
Na terça-feira, o premiê Samaras pediu que o presidente dissolvesse o legislativo, um dia após o candidato único do governo grego à Presidência ter sido rejeitado pela Casa pela terceira e última vez. No final da tarde desta quinta-feira, os gregos devem empossar os ministros do Interior e da Justiça, que vão comandar o processo eleitoral.
As eleições, adiantadas em 18 meses, colocarão o partido governista Nova Democracia, de Samara, contra seu rival Syriza. O partido oposicionista de esquerda se opõe às medidas de austeridade impostas ao país e prometeu reverter muitas das reformas estabelecidas nos últimos quatro anos como contrapartida para que a Grécia recebesse a ajuda internacional de 240 bilhões de euros.
No entanto, ainda não está claro se o partido será capaz de angariar apoio popular suficiente para governar sozinho, ou se será obrigado a formar um governo de coalização. Essa dúvida intensifica os temores de um possível período estendido de incerteza política. Fonte: Dow Jones Newswires.