Internacional

Egito ataca Estado Islâmico na Líbia após vídeo de decapitação em massa

Aviões de guerra do Egito atacaram alvos do Estado Islâmico na Líbia nesta segunda-feira, algumas horas depois de o grupo extremista divulgar um vídeo macabro mostrando a decapitação de vários cristãos coptas egípcios que eram mantidos reféns por semanas.

Um porta-voz das forças armadas anunciou a ocorrência dos ataques na rádio estatal, marcando a primeira vez que o Egito reconhece publicamente uma ação militar na vizinha Líbia, onde grupos extremistas considerados como uma ameaça para ambos os países têm explorado o caos após um levante em 2011 contra o ditador Muamar Kadafi.

O comunicado afirmou que os aviões de guerra atacaram esconderijos de armas e campos de treinamento antes de retornarem com segurança. Segundo o comunicado, os “ataques intensos” tinham por objetivo “a vingança do derramamento de sangue e contra os assassinos”.

O Egito já está lutando contra uma insurgência islâmica crescente centrada na península do Sinai, que é estratégica, onde os militantes declararam recentemente sua lealdade ao Estado Islâmico e dependem fortemente de armas contrabandeadas através da fronteira do deserto entre o país e a Líbia.

Os ataques foram realizados um mês antes de o Egito receber uma grande conferência de doadores em um resort no Sinai para atrair o investimento estrangeiro necessário para reanimar a economia após mais de quatro anos de turbulência.

O comandante da força aérea da Líbia, Saqr al-Joroushi, disse à TV estatal egípcia que os ataques aéreos foram coordenados com o lado líbio e mataram cerca de 50 militantes. Separadamente, um oficial de segurança da Líbia disse que os aviões de guerra egípcios atingiram quatro posições do Estado Islâmico na cidade oriental de Darna, uma fortaleza extremista que foi tomada por um braço do grupo no ano passado.

Dois funcionários de segurança da Líbia disseram que civis, incluindo três crianças e duas mulheres, foram mortos nos ataques. Os funcionários falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a conversar com a imprensa. Fonte: Associated Press.

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