Internacional

Somália diz que mortos em ataque contra hotel na capital deixou 25 mortos

O governo da Somália informou neste sábado que 25 pessoas morreram e 40 ficaram feridas no ataque suicida ocorrido ontem em um hotel na capital, Mogadiscio. Uma pessoa jogou um veículo cheio de explosivos contra o portão do Hotel Central de Mogadiscio, e outro suicida entrou no local e detonou os explosivos que levava junto ao corpo.

Entre os mortos estão o deputado Omar Ali Nor e o vice-prefeito de Mogadiscio, Mohamed Áden. O vice-primeiro-ministro Mohamed Omar Arte foi levado para o hospital e estava entre os vários funcionários de alto escalão do governo presentes no hotel no momento do ataque.

O Al-Shabab, grupo insurgente islâmico que atua no país, assumiu a autoria do ataque, segundo a rádio do grupo, a Andulus.

O presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, condenou o ataque afirmando que a ação não vai prejudicar os esforços do governo para restaurar a paz no país, que se recupera de décadas de guerras. “Devemos continuar a guerra contra o terrorismo. Este ataque deixa claro que os terroristas não têm qualquer respeito pela religião pacífica do Islã ao matar muçulmanos inocentes”, disse ele em comunicado emitido após o ataque.

Este é o segundo ataque a um hotel em Mogadiscio em menos de um mês. Em 22 de janeiro, três somalis foram mortos quando um suicida explodiu um carro-bomba no portão de um hotel que abrigava integrantes da comitiva do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que visitaria o país dias depois. Um funcionário da inteligência somali disse que a delegação turca, com cerca de 70 integrantes, estava no hotel no momento do ataque, mas ninguém ficou ferido.

Apesar de grandes retrocessos em 2014, o Al-Shabab continua a travar violentos combates contra o governo somali e é uma ameaça na Somália e na região do leste africano. O grupo tem realizado muitas ofensivas em território somali e em países vizinhos, cujos Exércitos integram as tropas da União Africana que fazem a segurança do fraco governo da Somália, que tem apoio da Organização das Nações Unidas.

O Al-Shabab controlou a maior parte de Mogadiscio entre os anos 2007 e 2011, mas foi expulso da capital somali e de outras cidades do país pelas forças da União Africana. Fonte: Associated Press.

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