Internacional

Erdogan critica países estrangeiros por reação ao golpe na Turquia

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou novamente nesta terça-feira países ocidentais, sem especificar, pelo que ele disse ser o apoio à tentativa de golpe em 15 de julho, que deixou mais de 270 pessoas mortas. “O Ocidente está apoiando o terrorismo e ficando do lado dos golpistas”, afirmou.

Durante um evento para investidores estrangeiros em Ancara, Erdogan criticou a Alemanha, após um tribunal do país não permitir que ele aparecesse em um link de vídeo para falar a uma multidão de cerca de 30 mil partidários contrários ao golpe em Colônia no fim de semana.

A Turquia enviou à Alemanha mais de 4 mil arquivos que eram de terroristas procurados, mas Berlim não fez nada, disse Erdogan. Segundo ele, porém, os tribunais atuaram rapidamente para impedi-lo de se dirigir à manifestação.

Erdogan repetiu a reclamação de que nenhum líder estrangeiro visitou a Turquia após o golpe fracassado, enquanto a França e a Bélgica receberam visitas de solidariedade após os ataques terroristas ocorridos ali. “Aqueles que considerávamos amigos estão do lado dos que tramam golpes e dos terroristas”, afirmou o presidente.

O governo turco afirma que o golpe foi instigado pelo clérigo muçulmano Fethullah Gulen, sediado nos EUA, um ex-aliado de Erdogan que vive em um exílio voluntário nos EUA. A Turquia pediu a extradição de Gulen, mas Washington pediu provas do envolvimento do religioso, além de dizer que o processo de extradição precisa tramitar. “Nós não exigimos documentos para os terroristas que eles querem de volta”, comparou Erdogan.

A agência estatal Anadolu informou que o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, enviou um segundo documento aos EUA nesta terça-feira para pedir a prisão de Gulen. O ministro explicou na carta a necessidade de uma urgente prisão de Gulen. O regime turco lançou um expurgo contra o movimento de Gulen, que para o governo da Turquia é uma organização terrorista. Mais de 70 mil pessoas foram afastadas de seus empregos sob a suspeita de pertencerem ao movimento. Fonte: Associated Press.

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