A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, anunciou há pouco que permitirá que parlamento escolha novo primeiro-ministro para o país, numa tentativa de conter a crescente crise que atingiu o gabinete presidencial. A medida representa uma relevante concessão por parte de Park, que pode ter sua governabilidade severamente prejudicada no seu último ano de mandato.
Na semana retrasada, a presidente foi envolvida em um grande escândalo nacional, ao admitir que uma amiga pessoal, Choi Soon-sil, havia ajudado na elaboração de seus discursos no começo do mandato. Reportagens da imprensa sul-coreana ainda apontam que Choi estava profundamente envolvida em questões políticas do país, mesmo não tendo um cargo oficial no governo.
Na última quarta-feira (2), Park chegou a nomear como primeiro-ministro Kim Byong-joon, mas uma nova troca deverá ocorrer em breve, a partir de um acordo entre situação e oposição.
Mais cedo, na manhã de terça-feira (horário local), a polícia coreana realizou buscas em escritórios da Samsung, em conexão com o escândalo presidencial. O Ministério Público de Seul disse que o procedimento buscava constatar a extensão da influência de Choi em assuntos do Estado. Já a agência de notícias Yonhap afirma que a busca foi motivada pela suspeita de que a Samsung ofereceu suporte financeiro ilícito à filha de Choi. Fonte: Associated Press.