Turquia, Arábia Saudita, Israel e Austrália foram alguns dos países que se declararam favoráveis ao bombardeio realizado pelos Estados Unidos à base aérea de Shayrat, na província de Homs, na madrugada desta sexta-feira (no horário sírio). Até o momento, o ataque deixou seis mortos, segundo o exército do país.
Para a Turquia, o bombardeio foi “importante e significativo”. No entanto, o vice-primeiro ministro turco, Numan Kurtulmus, ressaltou a importância de adotar uma posição dura e persistente contra o presidente sírio Bashar Assad que o tornasse “incapaz de prejudicar seu povo”. “A barbárie do regime de Assad precisa ser parada imediatamente”, disse Kurtulmus.
Já a Arábia Saudita classificou a ação dos EUA como uma “decisão corajosa”. Para o Ministério das Relações Exteriores do país, o lançamento dos mísseis foi a resposta certa aos “crimes deste regime contra o seu povo à luz do fracasso da comunidade internacional para detê-lo”. Turquia e Arábia Saudita fazem oposição ao regime de Assad e têm apoiado a luta dos rebeldes contra o governo.
O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Danny Danon, disse a uma emissora de TV que o ataque enviou uma “mensagem tripla”. Segundo Danon, o bombardeio avisa os sírios para pararem de usar armas químicas, envia um recado ao Irã e à Coreia do Norte e também comunica a comunidade internacional que “se a ONU é incapaz de agir nessas situações, nós agiremos”. Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia dito que “essa mensagem vai ressoar não só em Damasco, mas em Teerã, Pyongyang e em outros lugares.”
Um dos primeiros países a se pronunciar sobre o ataque, a Austrália dá “forte apoio à resposta rápida e justa dos EUA”. De acordo com o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, a retaliação “envia uma mensagem forte ao regime de Assad e foi conduzida no mesmo espaço aéreo em que aconteceu o ataque químico”. “Mas nós não estamos em guerra com a Síria”, ressaltou.
Contra. Entre os países que condenaram o bombardeio, o Irã frisou que a “ação unilateral é perigosa, destrutiva e viola os princípios da lei internacional”. O país é um dos maiores aliados de Bashar Assad.
A candidata de extrema direita à presidência da França, Marine Le Pen, disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, está tentando ser o “policial do mundo” com os ataques à Síria e sugeriu que a ação pode sair pela culatra. No passado, Le Pen já expressou apoio a Assad e se disse surpresa com a ação repentina de Trump. (Flavia Alemi, com agências internacionais – [email protected])