A petroleira estatal Ecopetrol informou nesta sexta-feira que um segmento do segundo maior oleoduto da Colômbia e dois poços de petróleo foram atacados no nordeste do país. As autoridades atribuíram a sabotagem a membros da guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN).
Um dos ataques ocorreu na noite da quinta-feira, quando desconhecidos detonaram parte do oleoduto Caño Limón Coveñas, no departamento (Estado) de Norte de Santander. A explosão somente causou perdas materiais e 20 operários trabalhavam no local para reparar o trecho. Além disso, na madrugada da quinta-feira dois poços petrolíferos foram dinamitados no departamento de Casanare. A polícia apontou o ELN como o autor dos atentados.
Segundo a Ecopetrol, até agora houve 12 ataques contra o oleoduto Caño Limón Coveñas, que provocaram vazamento de petróleo e contaminaram vários rios em ao menos três dos 32 departamentos do país. No ano passado, o duto foi atacado 62 vezes.
O bombeamento no oleoduto está suspenso há mais de 35 dias por causa dos contínuos ataques, o que causa perdas milionárias. O Caño Limón Coveñas tem 780 quilômetros de extensão e transporta cerca de 80 mil barris diários dos campos do nordeste, na fronteira com a Venezuela, até o porto de Coveñas, na costa do Caribe.
Em 10 de janeiro, o governo do presidente Juan Manuel Santos suspendeu conversas com o grupo guerrilheiro, após uma série de ataques contra postos policiais e militares e a infraestrutura petroleira, durante os quais morreram pelo menos 12 membros das forças de segurança e 23 membros do ELN.
Delegados dos guerrilheiros e do governo iniciaram há mais de um ano negociações de paz em Quito, no Equador. Santos advertiu que, se o grupo seguir atacando a população civil, não haverá retomada do diálogo. O ELN tem cerca de 1.500 membros e foi fundado na década de 1960. Fonte: Associated Press.