O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou nesta quinta-feira que, apesar de estar “um pouco incerto” sobre esta promessa, vai de fato provocar a paralisação do governo “se não houver segurança na fronteira”. Trata-se de referência à sua própria recusa de sancionar qualquer proposta orçamentária vinda do Congresso do país que não preveja dotações para financiar a construção de um muro na divisa com o México, de custo estimado em mais de US$ 20 bilhões – sem um orçamento aprovado, a máquina pública federal seria paralisada a partir do início do ano fiscal de 2019, no próximo dia 1º de outubro.
Em comício no Estado da Pensilvânia, Trump voltou a apontar a sua metralhadora verbal para a imprensa, criticando a cobertura midiática segundo a qual ele se comportou de forma “rude” diante de outros chefes de governo na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Neste momento, o presidente americano disse que se reuniu no encontro com “presidentes, primeiros-ministros e, em alguns casos, ditadores”, sem especificar, contudo, a quem era direcionada o rótulo autoritário.
Trump também abordou o encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Helsinque, na Finlândia. Em referência à investigação sobre suspeitas de que ele tenha cometido obstrução de justiça no âmbito das apurações de interferência russa na corrida à Casa Branca de 2016, que chamou de “farsa”, o presidente americano argumentou que Moscou está “muito descontente” porque ele venceu aquela eleição. “Mas me dei muito bem com Putin”, acrescentou.