Um carro explodiu dentro da academia de polícia Escola General Santander, em Bogotá, na Colômbia, na manhã desta quinta-feira, 17, deixando pelo menos nove mortos e mais de vinte feridos, segundo informações dos jornais colombianos El Tiempo e El Espectador. As autoridades suspeitam que tenha sido um atentado terrorista com carro-bomba.
O veículo que explodiu estava dentro da escola, que forma os oficiais da Polícia Nacional da Colômbia, por volta das 9h48 do horário local. Imagens mostraram o carro em chamas. Ambulâncias e helicópteros estão no local. Testemunhas disseram que ouviram uma explosão que destruiu as janelas de prédios próximos da escola.
O presidente Ivan Duque classificou o episódio como “um ataque miserável” e falou que a Colômbia não irá se curvar à violência. “Todos os colombianos rejeitamos o terrorismo e estamos unidos para combatê-lo”, publicou em rede social.
Autoridades não sabem quem foi o autor do ataque. Recentemente, rebeldes da guerrilha de extrema esquerda do Exército de Libertação Nacional (ELN) têm aumentado os ataques em alvos de polícia na Colômbia em meio a uma disputa com Ivan Duque sobre como reiniciar as conversas sobre acordos de paz. Desde que ele tomou posse em agosto de 2018, ele se recusou a negociar um cessar-fogo.
O ELN era considerado uma ameaça militar menor que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), cujo acordo de paz feito em 2016 desarmou os 7 mil guerrilheiros. Por décadas, moradores de Bogotá viveram sob atentados de bombas de rebeldes de extrema esquerda ou pelo cartel de drogas de Pablo Escobar.