Economia

Política econômica mudou de direção e reformas já mostram resultados, diz Ilan

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou na noite desta segunda-feira que a política econômica do governo “mudou de direção” e avalia que as reformas implementadas “neste curto período já mostram resultados positivos”.

“Diversas reformas e ajustes na economia brasileira aumentaram a confiança e reduziram a percepção de risco da economia brasileira. No campo da avaliação de risco do Brasil, observa-se avanço muito significativo. O CDS caiu de aproximadamente 500 pontos-base no início de 2016 para cerca de 240 pontos-base atualmente”, destacou.

Para ele, a queda do risco evidencia maior confiança dos investidores externos na capacidade de solvência do país, “fruto das reformas e do foco no combate à inflação e na recuperação da atividade econômica”.

A avaliação faz parte de discurso feito em jantar oferecido pelo Museu Judaico de São Paulo. A reunião não foi aberta para imprensa, mas os principais pontos da fala do presidente do BC foram publicados no site da autoridade monetária.

Na opinião do presidente do BC, o andamento da reforma fiscal em curso, com destaque para a aprovação da PEC do teto dos gastos e o encaminhamento da reforma da Previdência, tem sido favorável e será decisivo para o bom desempenho futuro da economia brasileira.

Ilan lembrou que a inflação vem desacelerando e afirmou que o trabalho do governo e do BC nos últimos meses tem sido efetivo em conter a inflação e ancorar as expectativas. “A evidência empírica tem novamente corroborado a importância da atuação da política monetária, e da política econômica de forma geral, para o controle da inflação. É importante ancorar as expectativas antes de iniciar o ciclo de flexibilização monetária”, disse.

Além disso, o presidente do BC voltou a afirmar que a recessão atual é resultado de “excessos do passado”, avaliando que o choque de oferta enfrentando pelo País a partir de 2011 foi “erroneamente interpretado como temporário e tratado com políticas excessivamente intervencionistas”. “Nesse contexto as expectativas estavam desancoradas”, disse. (André Ítalo Rocha e Fernando Nakagawa – [email protected]; [email protected])

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