O presidente Michel Temer se reúne às 16h30 com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, e o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), no Palácio do Alvorada. Na próxima terça-feira (9), a comissão especial que analisa a proposta vai votar 11 destaques que podem alterar o texto-base aprovado no último dia 3, por 23 votos a 14.
Embora os trabalhos na comissão ainda não tenham sido concluídos, o governo já se prepara para a principal batalha na reforma da Previdência: a aprovação da proposta em primeiro turno no plenário da Câmara dos Deputados, com o apoio de pelo menos 308 deputados. O governo ainda não tem esses votos, mas já traçou os movimentos que fará daqui para a frente para conquistar a vantagem necessária. Para isso, o Palácio do Planalto vai partir para o “vale tudo” na articulação política, lançando mão de agrados à base aliada, além de melhorar a estratégia de comunicação.
As concessões no texto, porém, estão no limite na avaliação do governo. A ordem agora é barrar movimentos de novas categorias que tentem obter direito a aposentadoria especial, como os guardas municipais. A margem de negociação no plenário prevê a inclusão dos agentes penitenciários na regra que permite idade mínima menor a policiais e a revisão das exigências para que servidores públicos que ingressaram até 2003 se aposentem com salário integral. Os dois pontos devem ser aprovados separadamente no plenário, em votação de destaques.