Em jantar com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na noite desta segunda-feira, 24, a cúpula do DEM informou ao tucano que o partido espera contar com pelo menos 50 deputados federais na janela de transferência partidária prevista para ocorrer no início de 2018. Ao menos doze deles viriam do PSB, partido do vice-governador Marcio França, um dos principais aliados de Alckmin e que disputa a presidência nacional do partido.
No encontro que reuniu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), o ministro da Educação, Mendonça Filho (PE), o senador e presidente da sigla, José Agripino Maia (RN), os deputados Efraim Filho (PB) e Rodrigo Garcia (SP), e o prefeito de Salvador, ACM Neto, o tucano foi informado de que o DEM, que hoje tem 31 deputados, sendo 29 em exercício, calcula que vai chegar a 50 deputados, se tornando uma das maiores bancadas da Câmara e superando a do PSDB, que tem 46.
Segundo um dos presentes, a reunião, que durou cerca de uma hora e meia, foi uma “deferência” ao governador, visto como um aliado “histórico” da sigla, e também serviu como uma sinalização de que o partido de Rodrigo Maia pode apoiar a candidatura de Alckmin em 2018. Os caciques também falaram sobre cenários locais, em especial o da Bahia, onde o prefeito de Salvador, ACM Neto, deve disputar o governo estadual com ampla aliança do campo governista. Para derrotar o PT, que governa o Estado, ACM deve reunir em seu palanque, em 2018, PSDB, PMDB, PPS e o próprio DEM.