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Operações da Caixa com JBS não deram prejuízo, diz ex-presidente do banco em CPMI

O ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Hereda defendeu nesta quarta-feira, 25, que as operações entre o banco estatal e a JBS, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, não deram prejuízo para a empresa pública durante sua gestão, de 2011 a 2015. Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, Hereda rechaçou que a Caixa Econômica Federal tenha comprado ações da JBS.

“Nós não fizemos nenhuma participação no grupo J&F. Não compramos nenhuma ação da JBS. O que aconteceu foi que recebemos essas ações do Tesouro Nacional, como capitalização. Essas ações foram crescendo, valorizando e foram vendidas na alta. A Caixa Econômica ganhou dinheiro com isso”, rebateu Hereda. “Eu insisto que a gente não comprou ações. Eu recebi ações via Tesouro Nacional, o preço de mercado era R$ 6,04. A Caixa começou a vender essas ações quando estava em R$ 11,76. Hoje a Caixa tem 1,89% das ações da JBS. Foi um ótimo negócio para a Caixa”, complementou.

Hereda defendeu que as ações da JBS chegaram à Caixa Econômica Federal por sugestão do Tesouro Nacional. Ele disse que, na ocasião, consultou a área técnica do banco estatal para saber se era uma operação comum e recebeu sinalização positiva.

O ex-presidente da instituição disse ainda que nunca conversou com os irmãos Batista sobre nenhuma das operações envolvendo a Caixa Econômica Federal. Ele explicou apenas que, pouco antes de assumir como presidente do banco, esteve na sede da empresa de frigoríficos, com outros membros da diretoria, para uma exposição feita por executivos da JBS.

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