Passado o tricampeonato do US Open, conquistado no domingo, Rafael Nadal, 31 anos, tem como grande prioridade a conquista do ATP Finals, que será disputado em novembro, em Londres. O torneio, que reúne os oito melhores tenistas da temporada, é considerado o quinto evento de maior prestígio do circuito, atrás somente das quatro competições que formam o Grand Slam. É a única grande competição que Nadal ainda não ganhou na carreira.
Se acabar com o jejum este ano, o espanhol ficará mais próximo de se tornar o primeiro tenista na história a ganhar todas as principais competições possíveis. A lista inclui o Grand Slam (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open, todos já conquistados por ele), nove Masters 1000 (Indian Wells, Miami, Monte Carlo, Roma, Madri, Canadá, Cincinnati, Xangai e Paris), o ATP Finals e os Jogos Olímpicos.
Nadal deve ter a sua vida facilitada no ATP Finals de Londres devido à ausência de vários concorrentes de peso. O sérvio Novak Djokovic, o suíço Stan Wawrinka e o japonês Kei Nishikori estão machucados e não disputarão o torneio. Também se recuperando de lesão, o britânico Andy Murray é outro que deve ficar de fora do ATP Finals de Londres.
Para ser o primeiro “campeão de tudo” na história do tênis, Nadal precisa ganhar, além do ATP Finals, os Masters 1000 de Miami, Xangai e Paris. Este ano, antes do ATP Finals, o espanhol jogará ainda, segundo prevê o seu calendário, os ATP 500 de Pequim e da Basileia e os Masters 1000 de Xangai e Paris. Número 1 do ranking, Nadal vive grande temporada, já soma cinco títulos no ano e ganhou US$ 11,2 milhões em prêmios (R$ 34,8 milhões). Ao longo da carreira acumula US$ 89,9 milhões (R$ 279,8 milhões).
A Djokovic restam apenas duas conquistas para ganhar todas as principais competições possíveis: o ouro olímpico e o Masters 1000 de Cincinnati. Para Federer faltam três títulos (Jogos Olímpicos e os Masters 1000 de Montecarlo e Roma). O problema é que ambos precisarão esperar pelo menos até Tóquio-2020 para alcançar esse feito. Até lá, Federer terá 39 anos.
SEM PRESSA DE ALCANÇAR FEDERER – Com a conquista do tricampeonato do US Open, Nadal passou a contabilizar também 16 títulos de Grand Slam, ficando novamente três atrás de Federer, recordista, com 19, que recentemente ampliou a sua marca ao ganhar a edição passada de Wimbledon.
A chance de quebrar a marca do suíço, porém, foi minimizada por Nadal após a vitória do último domingo sobre o sul-africano Kevin Anderson na final do US Open. “Eu realmente não penso muito sobre esse tipo de coisas. Eu faço o meu caminho, ele (Federer) faz o seu caminho”, afirmou o espanhol, em entrevista coletiva.
O atual líder do ranking mundial preferiu exaltar o feito de ter conquistado novamente o Grand Slam norte-americano. “Estou muito feliz com rodas as coisas que estão acontecendo comigo, ganhar este título de novo. Essa conquista foi importante porque foi a do US Open. Eu ainda tenho a paixão e o amor por este jogo. Ainda quero competir e ainda me sinto os nervos toda a vez em que vou para a quadra. Enquanto essas coisas continuarem acontecendo, eu estarei aqui”, ressaltou.