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Piloto mais regular dos últimos anos, Hamilton entra no clube dos grandes da F-1

Mais novo tetracampeão da Fórmula 1, Lewis Hamilton pode atribuir o título conquistado neste domingo, no México, a dois fatores: às trapalhadas da Ferrari na segunda metade do campeonato e à incrível regularidade que vem exibindo na categoria nos últimos anos.

O piloto da Mercedes começou a temporada de 2017 com uma postura discreta, ofuscado pelo alemão Sebastian Vettel e até pelo novo companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas. Mesmo sem ser o protagonista do campeonato, como vinha acontecendo desde 2014, se manteve entre os primeiros colocados.

Essa regularidade é uma das principais características do inglês desde sua estreia na categoria em 2007. Nestes 10 anos, nunca deixou de largar em uma corrida – disputou 205 GPs. Só está atrás do alemão Nico Rosberg, que tem 206 e será superado ainda neste ano. Portanto, logo o inglês assumirá este recorde.

Como consequência, se tornou o recordista de pontos somados na história, detendo ainda a melhor média por corrida disputada, ainda que esta marca deva ser relativizada diante das frequentes mudanças no sistema de pontuação e no número de provas da F-1 desde a sua criação.

A regularidade gerou a oportunidade na 13.ª das 20 etapas do campeonato deste ano. Foi no GP da Itália, no início de setembro, que o inglês aproveitou a sequência de falhas da Ferrari para desbancar Vettel da liderança. Na 1.ª colocação, ganhou “gordura” na tabela na corrida seguinte, em Cingapura, quando Vettel e o companheiro Kimi Raikkonen espremeram o holandês Max Verstappen na largada – o alemão não completou a prova.

Na parada seguinte do campeonato, na Malásia, a vantagem ganhou corpo diante dos problemas nos motores da Ferrari. Por ironia do destino, a equipe italiana tinha o carro mais veloz nestas duas etapas e a Mercedes estava longe de exibir a sua melhor forma nestes últimos anos. Não por acaso Vettel largou em último na Malásia e conseguiu terminar em 4.º.

A situação se tornou insustentável para a Ferrari no Japão, logo na corrida seguinte, quando uma nova falha no motor tirou Vettel da pista nas primeiras voltas. Hamilton não perdoou e venceu, abrindo 59 pontos de vantagem. Ainda cambaleando, a Ferrari não teve forças para se recuperar nos Estados Unidos, pois Vettel ficou atrás do rival mais uma vez. E, no México, o inglês converteu novamente a sua regularidade em título, após deixar escapar na temporada passada o troféu que parecia perto mas acabou nas mãos de Rosberg.

O tetracampeonato coroou a grande temporada do piloto da Mercedes. Mesmo ainda faltando duas etapas para o fim do Mundial, Hamilton ostenta nove vitórias e 11 poles positions no ano.

É com esta performance que ele entra no clube dos grandes campeões da história da Fórmula 1. O mais novo tetra da categoria se iguala ao francês Alain Prost e ao próprio Vettel em número de títulos. Ficará atrás somente do argentino Juan Manuel Fangio, dono de cinco troféus, e do recordista Michael Schumacher, campeão sete vezes do Mundial de Pilotos.

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