Com 57,4 mil unidades emplacadas, as vendas de motos novas no Brasil recuaram 28,1% em fevereiro, na comparação com o mesmo período de 2020. Frente a janeiro, a queda foi de 33,1%, de acordo com balanço da Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de veículos.
Além da falta de peças, a produção de motos foi afetada no início do ano pelas restrições de circulação decorrentes do colapso do sistema público de saúde em Manaus, onde estão concentradas as fábricas de motocicletas.
A situação reduziu o expediente das linhas a um único turno de produção e também levou a Honda, maior montadora de motos do País, a suspender as atividades por dez dias entre o fim de janeiro e começo de fevereiro.
Com o descompasso entre produção e demanda, faltaram modelos nas lojas, o que, consequentemente, gerou listas de espera nas concessionárias. Nos dois primeiros meses do ano, as vendas de motos caíram 16,5% no comparativo anual, para 143,3 mil unidades.
A Honda, líder com folga do mercado de duas rodas, ficou com 74,3% das vendas nos primeiros dois meses do ano. A vice-líder Yamaha teve 19,1%.