O ex-jogador Luigi Di Biagio será o técnico interino da Itália nos seus próximos dois compromissos. Nesta segunda-feira, a Federação Italiana de Futebol (FIGC) anunciou o nome do ex-volante para comandar a equipe nos amistosos diante da Argentina e da Inglaterra, ambos no mês que vem.
A seleção está sem técnico desde que Gian Piero Ventura foi demitido em novembro do ano passado, após falhar na tentativa de levar o país à Copa do Mundo deste ano, na Rússia. O treinador não suportou a pressão por ter deixado a equipe de fora de Mundial pela primeira vez em 60 anos.
O problema é que o futebol italiano também vive uma crise política, afinal, o presidente da federação nacional, Carlo Tavecchio, renunciou ao cargo após o vexame nas Eliminatórias Europeias. Para piorar, a eleição emergencial convocada para a semana passada foi interrompida após o boicote de um dos candidatos, Cosimo Sibilia.
A tendência é que o Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), responsável pela supervisão de todos os esportes no país, determine um líder de emergência para a federação. Mas enquanto isso não acontece, a FIGC segue sem definir um novo técnico para a seleção nacional.
De acordo com os rumores da imprensa italiana, Roberto Mancini, Carlo Ancelotti e Antonio Conte são os favoritos para o cargo, mas só devem começar a negociar depois que um novo presidente for definido pela FIGC.
Enquanto isso, Di Biagio tentará mostrar trabalho. Ele é o técnico da seleção sub-21 do país desde 2013 e liderará a equipe principal nas partidas contra a Argentina, em Manchester, no dia 23 de março, e a Inglaterra, em Londres, quatro dias mais tarde. Depois disso, a Itália só volta a campo no dia 7 de setembro, contra a Polônia, provavelmente já com um novo comandante.
Di Biagio se destacou como jogador no fim dos anos 1990. Formado na Lazio, ganhou espaço na rival Roma, onde atuou de 1995 a 1999. Ainda brilhou com as camisas da Inter de Milão, entre 1999 e 2003, e do Brescia, de 2003 a 2006, antes de encerrar a carreira no Ascoli, em 2007.
Di Biagio também teve bons momentos pela seleção italiana, pela qual disputou as Copas do Mundo de 1998 e 2002 e a Eurocopa de 2000. No Mundial da França, no entanto, foi considerado o vilão da eliminação de seu país ao perder o pênalti decisivo da derrota nas quartas de final para os donos da casa.