Seis semanas após as eleições americanas, o líder da maioria no Senado e parlamentar republicano mais influente, Mitch McConnell, reconheceu a vitória de Joe Biden e afirmou não haver dúvidas de que o democrata será o próximo presidente dos EUA. O anúncio foi feito após o colégio eleitoral confirmar a derrota de Donald Trump, que ontem continuou a insistir nas alegações de fraude sem embasamento.
Há semanas, o senador e seus aliados mais próximos vinham rejeitando cumprimentar o presidente eleito, silêncio que dava volume à retórica falsa capitaneada pelo atual governo e ajudava a minar a credibilidade do sistema eleitoral americano. A declaração de McConnell, na prática, põe fim a qualquer resquício de incerteza sobre quem tomará posse em 20 de janeiro e aumenta a pressão para que Trump reconheça sua derrota.
"Muitos de nós esperávamos que a eleição presidencial tivesse um resultado diferente, mas nosso sistema de governo tem processos que determinarão quem tomará posse em 20 de janeiro", disse ao plenário do Senado. "O colégio eleitoral falou. Então, eu parabenizo o presidente eleito Joe Biden."
O presidente eleito disse ter conversado com McConnell e que os dois concordaram em se encontrar em breve. "Embora a gente esteja em desacordo sobre um monte de coisas, há temas em que podemos trabalhar juntos", disse Biden.
McConnell também falou sobre o simbolismo da escolha de Kamala Harris para a vice-presidência, primeira mulher e primeira pessoa negra e de ascendência asiática a ocupar o cargo. "Todos os americanos devem se orgulhar de que o nosso país terá uma vice-presidente mulher pela primeira vez", afirmou.
Nesta quarta, 16, imediatamente parabenizaram Biden, McConnell e seus colaboradores começaram a tentar convencer os membros de sua bancada a não apresentarem objeções no último evento que deve encerrar o drama eleitoral. No dia 6, as duas Câmaras do Congresso devem dar sua aprovação final à eleição de novembro.
Ao reconhecer a vitória de Biden, McConnell se junta ao coro de aliados que se pronunciaram após a decisão do colégio eleitoral, como Lindsey Graham, da Carolina do Sul; John Cornyn, do Texas; e Chuck Grassley, de Iowa. Graham disse que vê apenas um caminho "muito, muito estreito" para Trump. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>