Walter Pitombo ganha eleição e é reeleito presidente da CBV por mais quatro anos

Depois de 45 anos, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) voltou a ter uma eleição com duas chapas. Atual presidente, Walter Pitombo Laranjeiras levou a melhor sobre Marco Túlio Teixeira, da chapa de oposição Renova Vôlei, na eleição deste domingo, realizada em um hotel no Rio, seguindo no comando da entidade no quadriênio 2021 a 2025.

Será o segundo mandato de Toroca, como Walter Pitombo é chamado. O candidato da chapa Tradição, Ética e Inovação, que tem como vice-presidente Radamés Lattari, comemorou a vitória por 151 a 96. Foram três abstenções. Ele está no comando da CBV desde 2014, quando assumiu o cargo máximo da entidade para substituir Ary Graça.

"Hoje foi um dia histórico para o voleibol brasileiro e é pelo bem desse esporte que tanto amamos que comemoramos o resultado dessa eleição que contou com votos de todo o país", disse. "Foi um resultado democrático e agora vamos seguir trabalhando pelo desenvolvimento cada vez maior da nossa modalidade", enfatizou Pitombo.

Pitombo não compareceu. Ele, que mora em Maceió, participou da eleição via videoconferência por ter 87 anos e pertencer ao grupo de risco da covid-19. A disputa foi realizada por meio de uma assembleia geral de forma híbrida, com votação presencial e virtual. O empresário Marco Túlio Teixeira e o ex-líbero Serginho, bicampeão olímpico, representaram a oposição com a chapa Renova Vôlei.

Radamés Lattari, eleito novo vice-presidente, também festejou o resultado do pleito e afirmou que "tudo foi feito de forma transparente". "A CBV foi a primeira confederação a incluir os atletas e os clubes no seu colégio eleitoral. Todos sabiam quem poderia votar. Estamos felizes com o resultado e a partir de amanhã todos temos que trabalhar juntos pelo voleibol brasileiro", disse.

"Nenhum esporte é tão vitorioso quanto o nosso. A outra chapa também fez um belo trabalho e, com todas as diferenças, temos que somar pelo nosso esporte", completou.

Derrotado na eleição, Marco Túlio reclamou de uma possível pressão da atual presidência sobre as federações. "Chegamos a ter nove ou dez apoios de federações até chegar na assembleia. Mas os atletas estaduais foram ameaçados de desfiliação, de não ter passagens para viajar. Sei que as federações fizeram manobras e sofreram pressão", afirmou Túlio. "Não tenho o que falar sobre os votos dos atletas, só tenho a agradecer."

O colégio eleitoral para 2021 foi constituído por 102 integrantes distribuídos da seguinte forma: 27 federações estaduais, quatro atletas das Comissões Nacionais (presidente e vice-presidente da comissão de vôlei de quadra e presidente e vice de vôlei de praia), 54 atletas das Comissões Estaduais (dois por unidade federativa, sendo um representando a praia e outro a quadra), oito medalhistas olímpicos eleitos e nove clubes.

Os quatro integrantes da Comissão Nacional de Atletas – Emanuel, Harley, Amanda e Rapha – e os oito medalhistas olímpicos – Bárbara, Mônica, Zé Marco, Ricardo, Fabiana, Sheilla, Maurício e Rodrigão – votaram na chapa de oposição, Renova Vôlei.

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