O governo federal criou um grupo de trabalho para estudar soluções para a Ferrovia Transnordestina, cujas obras se arrastam há mais de dez anos. O grupo terá de considerar “a revisão do cronograma do empreendimento por trechos, a atualização de valores e recursos públicos e privados, eventualmente necessários para realização de obras e intervenções no projeto”.
De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), o grupo será composto por representantes dos ministérios do Planejamento e dos Transportes, Secretaria do Programa de Parceira de Investimentos, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Companhia Siderúrgica Nacional, sócia privada na ferrovia, e Transnordestina Logística S/A, o braço da CSN responsável pelo projeto. O grupo terá 60 dias, prorrogáveis por igual período, para concluir os trabalhos.
Este ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) proibiu repasses de dinheiro público para a construção da Transnordestina, projetada para ligar o município de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco.
Pelo contrato de concessão, é necessário que a empresa realize os investimentos previstos em conjunto com o governo, mas isso não vinha ocorrendo, segundo o governo. A ferrovia está orçada em R$ 11,2 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões já foram aportados, boa parte com dinheiro público.