Na entrevista concedida no Planalto, após reunião com o presidente Michel Temer, o presidente da Comissão Especial que analisa a reforma da Previdência, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), e o relator do texto na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), asseguraram nesta quinta-feira, 6, que ninguém receberá menos que o valor de um salário mínimo, seja para pagamento de pensões, seja para pagamento de aposentadorias. Arthur Maia informou ainda que está em estudo qual será o valor máximo a ser estipulado para que a pessoa acumule pensão e aposentadoria.
Ele citou que existem propostas de que este teto poderia ser 1,5 salário mínimo, mas ressalvou que não há nenhum tipo de decisão tomada em relação a isso.
Marun e Maia lembraram que atualmente, a grande maioria dos brasileiros, quase 70%, recebem o salário mínimo como benefício. “Seria uma contradição aceitar pagamento de salário abaixo do mínimo, quando se fala em preservação do direito dos mais pobres”, declarou Maia, insistindo que “não se poderia deixar de pagar aposentadoria inferior ao mínimo”.
O deputado Arthur Maia reiterou ainda que no caso de acúmulo de pensão e aposentadoria, essa possibilidade “tem de ser pra pessoas que recebem salário menor, para que tenha alcance de beneficio para um maior número possível de pessoas” . E avisou: “Os que recebem salário mais alto não serão os mais beneficiados (com este acúmulo).”