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Em clássico maluco, Vasco e Flamengo empatam em Brasília e seguem pressionados

Em clássico repleto de alternativas, com confusão, expulsão, gol contra, ambulância em campo, e que terminou com 10 jogadores de cada lado, Vasco e Flamengo empataram por 1 a 1 neste sábado, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e ficaram, pelo menos por ora, distantes de seus objetivos no Campeonato Brasileiro.

A igualdade nesta 25.ª rodada deixa o Flamengo com 45 pontos, na quarta posição, longe do atual líder Internacional, que tem 49 e ainda joga nesta rodada. Assim, os líderes podem aumentar a distância em relação ao time do técnico Maurício Barbieri, que segue pressionado.

O empate para o Vasco tem impacto ainda mais negativo, já que a equipe, que não vence há cinco jogos, permanece na zona de rebaixamento, com 25 pontos, e pode até cair da 17ª posição para a penúltima, caso Sport e Chapecoense vençam Corinthians e Internacional, respectivamente.

O gol vascaíno foi marcado no primeiro tempo, etapa dominada pelo time cruzmaltino, e saiu dos pés de Andrés Ríos, após cruzamento de Raul da direita. Na etapa final, mesmo com um a menos àquela altura depois de ter Diego expulso, o Flamengo chegou ao empate com o gol contra do zagueiro Luiz Gustavo. No geral, o Vasco foi um pouco superior, mas acabou prejudicado por falhas individuais e permanece com a sina de resultados negativos em sequência.

A partida foi interrompida por cerca de dez minutos no segundo tempo para o atendimento do volante Bruno Silva, que levou a pior em choque de cabeça com o companheiro Luiz Gustavo e teve de deixar o estádio de ambulância, esta que teve de ser empurrada por jogadores das duas equipes até o veículo “pegar no tranco”. Segundo informou o médico do Vasco ao SporTV, o jogador, que teve o pescoço imobilizado, saiu de campo consciente, mas reclamou de fortes dores de cabeça e tinha dificuldade para mexer a perna direita, enfaixada, e assim precisou ser levado a um hospital.

O JOGO – O Vasco mereceu ir ao vestiário com vantagem no placar. Dentro das suas limitações, o time de Alberto Valentim, que ainda não havia vencido no comando vascaíno, foi inteligente, organizado e eficaz diante de um Flamengo improdutivo, nervoso e mal posicionado.

Armado com três volantes e o lateral-esquerdo Fabrício deslocado para o meio-campo, a equipe cruzmaltina chegou a ter o dobro de finalizações do rival, que apostou nas tentativas aéreas, sem sucesso. Uribe, isolado, não funcionou e Vitinho abusou dos arremates sem êxitos de fora da área. Diego destoou da equipe e foi o único a levar perigo ao gol de Martín Silva, em finalização da entrada da área.

Raul e Fabrício brilharam pelo time cruzmaltino na etapa inicial. O mapa da mina para eles acharem espaço foi o lado direito. Foi de lá que saiu o cruzamento rasteiro de Raul para Maxi López brigar na área e a bola sobrar para Andrés Ríos, livre e com o gol aberto, já que Diego Alves estava caído, empurrar às redes aos 27 minutos.

Na etapa final, o Flamengo, apesar do susto de Maxi López, que acertou o travessão aos dois minutos em finalização estranha de cabeça, cresceu e equilibrou a partida. Lucas Paquetá e Éverton Ribeiro passaram a aparecer e o Fla, antes pouco agressivo e muito apático, incomodou Martín Silva, que evitou o empate em arremates de Paquetá e Vitinho.

O time rubro-negro seguiu melhor até Diego ser expulso, aos 11 minutos. O meia, que já tinha amarelo, levou o segundo por reclamação com o árbitro. Pouco antes disso, Diego se envolveu em confusão com os jogadores do Vasco por não ter colocado a bola para fora para atendimento de Raul, que estava caído.

O gol da equipe rubro-negra saiu, curiosamente, depois que o time ficou com dez atletas. Se os atacantes são criticados por não marcarem, o time precisou contar com um gol contra de Luiz Gustavo, zagueiro rival, que mandou cabeceio fulminante para o próprio gol aos 16 minutos, na tentativa de fazer o corte.

O Vasco não só não conseguiu transformar a superioridade numérica em gols como teve azar ao perder Bruno Silva, que levou a pior em disputa de bola com o companheiro de time, Luiz Gustavo. Assim, a partida voltou a ter os dois times em igualdade de jogadores e passou a ser ainda mais aberta, com oportunidades de gols para os dois lados.

Nenhuma das equipes, porém, foi competente o suficiente para balançar as redes novamente. Quem chegou mais perto disso foram Everton Ribeiro, pelo Fla, e Maxi López, pelo lado vascaíno. No final, em clássico maluco e repleto de alternativas, o resultado foi ruim para os dois times.

FICHA TÉCNICA:

VASCO 1 X 1 FLAMENGO

VASCO – Martín Silva; Lenon, Luiz Gustavo, Leandro Castán e Ramon; Bruno Silva, Raul (Andrey), Willian Maranhão e Fabrício (Giovanni Augusto); Andrés Ríos (Marrony) e Maxi López. Técnico: Alberto Valentim.

FLAMENGO – Diego Alves; Rodinei (Pará), Réver, Léo Duarte e Renê; Piris da Motta, Lucas Paquetá e Diego; Everton Ribeiro, Vitinho (Berrío) e Uribe (Willian Arão). Técnico: Maurício Barbieri.

GOLS – Andrés Ríos, aos 27 minutos do primeiro tempo; Luiz Gustavo (contra), aos 17 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Luiz Flavio de Oliveira (Fifa/SP).

CARTÕES AMARELO – Willian Maranhão, Fabrício e Maxi López (Vasco); Vitinho (Flamengo).

CARTÃO VERMELHO – Diego (Flamengo).

PÚBLICO – 54.288 torcedores.

RENDA – R$ 2.902.950,00.

LOCAL – Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF).

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