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Neymar será julgado por fraude e corrupção e pode pegar até seis anos de prisão

O juiz espanhol responsável pelo julgamento de Neymar, que foi acusado de fraude e corrupção em razão de irregularidades em sua transferência do Santos ao Barcelona, crê que o craque brasileiro pode ser condenado e pegar até seis anos de prisão, segundo informaram nesta quarta-feira as fontes judiciais que acompanham o caso.

A decisão significa um revés para Neymar, pois, na Espanha, sentenças de dois anos
ou menos para as primeiras infrações são geralmente suspensas, o que anularia qualquer possibilidade de o brasileiro ser preso.

Além de Neymar, serão julgados na Espanha o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartolomeu, o seu antecessor, Sandro Rosell, que está detido preventivamente desde maio de 2017, e o pai do jogador brasileiro. Todos os envolvidos negaram irregularidade na transação.

O grupo brasileiro DIS, que era detentor de 40% dos direitos econômicos de Neymar, foi quem fez a denúncia particular de fraude. A DIS, que recebeu 6,8 milhões de euros (R$ 28 milhões pela cotação atual), se considera prejudicada financeiramente na transferência do atacante do Santos para o Barcelona em 2013 e alega que houve valores ocultados na transação.

Nesta quarta-feira, o juiz José María Vázquez Honrubia considerou que a acusação feita pela DIS em razão do delito de fraude pode acarretar de quatro a seis anos de prisão para Neymar.

Como o jogador pode receber sentença superior a cinco anos de prisão, a legislação espanhola prevê que o tribunal que julgará o caso seja composto por três juízes, o que poderia atrasar ainda mais o início do julgamento, que continua sem data para começar.

A transferência de Neymar para o Barcelona gerou muita polêmica. Primeiramente, o Barcelona divulgou que a contratação do astro teria custado 57,1 milhões de euros (cerca de R$ 240 milhões) ao clube, sendo que para a família de Neymar foi destinado 40 milhões de euros (algo em torno de R$ 168 milhões) e o Santos ficou com 17,1 milhões (aproximadamente R$ 71 milhões).

No entanto, a Justiça espanhola calcula que o verdadeiro valor da transferência seria de 83,3 milhões de euros (cerca de R$ 350 milhões).

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