Economia

Idealizador ainda não viu Palácio Tangará pronto

O sonho de construir um hotel “seis estrelas”, anexo ao parque mantido por uma fundação que leva o nome de sua família, moveu o empresário Rafael Birmann a capitanear o projeto do Hotel Tangará. Antes de se aventurar no mundo da hotelaria de luxo, mesmo sem experiência relevante no setor, Birmann já era figura conhecida do mercado imobiliário paulistano. Nas décadas anteriores, ele ficara conhecido por desenvolver edifícios comerciais na Marginal Pinheiros – local que, à época, ainda tinha poucos espigões.

A ambição de Birmann despertou o interesse da Previ, caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, que concordou em comprar 49% do negócio. Os sócios investiram cerca de R$ 40 milhões no projeto – ainda na época em que real e dólar tinham valores equivalentes.

As dificuldades enfrentadas pela Birmann e a paralisação das obras do Tangará levaram o empresário a reduzir suas atividades de forma drástica. Hoje, o site da Birmann se resume a informações de contato, sem referências a empreendimentos concluídos ou em andamento. Em entrevista, na segunda-feira, 8, Birmann contou que atualmente está envolvido em dois projetos, um em São Paulo e outro em Brasília.

Além disso, Birmann se dedica à fundação da família que ajuda a manter o parque Burle Marx, fundado há 22 anos. Desde que vendeu o empreendimento ao fundo GTIS, diz não ter tido mais contato com o projeto do Tangará. Até agora, todos os detalhes que conseguiu angariar sobre o novo hotel, ficou sabendo por reportagens publicadas na imprensa. “Não me convidaram para conhecer, então ainda não vi pessoalmente.”

Como previsto no projeto original, a área do Palácio Tangará foi separada com grades dos locais de circulação pública do Burle Marx. O empresário espera que a administração do hotel venha a contribuir, de alguma forma, com o espaço público em seu entorno. Questionado pela reportagem sobre o tema, o diretor do Tangará, Celso do Valle, afirma que um projeto envolvendo o Burle Marx está sendo considerado pela gestão atual do hotel.

Depois de tantos anos, no entanto, Birmann acredita que o Tangará poderá, mesmo em novas mãos, encontrar finalmente seu espaço no imaginário paulistano. “É um hotel urbano, um conceito arquitetônico espetacular. Em quantos projetos únicos a gente tem a oportunidade de investir na vida?” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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