O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou nesta segunda-feira que não espera nenhuma objeção à extensão de nove meses do acordo para cortar a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de alguns países de fora do grupo, como a Rússia. Com isso, a iniciativa valeria até março de 2018.
“Todos com quem falei dentro da Opep concordam com nove meses” de extensão do acordo, afirmou al-Falih em entrevista coletiva em Bagdá, após reunião com o premiê do Iraque, Haider al-Abadi, e com o ministro da Energia do país, Jabar Ali al-Luaibi. “Eu não espero qualquer objeção a esta tendência”, comentou a autoridade saudita.
No fim do ano passado, a Opep decidiu cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia durante seis meses, a partir de janeiro de 2017. Ministros da Opep se reúnem nesta quinta-feira em Viena para discutir a extensão da iniciativa.
O ministro saudita disse que o acordo seria similar ao atual, mas “com algumas emendas”, não detalhadas. Al-Falih disse que al-Abadi deu o “sinal verde” para que o Iraque aprove a proposta de estender o acordo por mais 9 meses. O governo do Iraque, que tem o compromisso de reduzir sua produção diária em 210 mil barris por dia, para 4,351 milhões de barris por dia, já afirmou que apoia a extensão por seis meses, mas ainda não comentou publicamente a possibilidade de ela ser mantida por nove meses.
O Iraque depende do petróleo para quase 95% das receitas de seu orçamento. O país enfrenta, porém, uma crise econômica desde 2014, diante do recuo dos preços do barril. A luta contra o Estado Islâmico piorou o quadro, em uma guerra custosa para os cofres nacionais. O Iraque é detentor da quarta maior reserva de petróleo do mundo, totalizando até 153,1 bilhões de barris. Fonte: Associated Press.