Depois de emplacar quatro fechamentos seguidos com sinal positivo, o Ibovespa abriu nesta sexta-feira, 14, em alta. A valorização é beneficiada por fatores domésticos e também pelo exterior – onde o petróleo sobe, assim como o índice europeu Stoxx600 e as bolsas em Nova York.
A retração da atividade econômica no Brasil em maio ante abril, evidenciada pelo IBC-Br (-0,51% ante mediana das projeções de +0,20%), contribui para a alta da Bolsa, segundo analistas. A leitura é que, mais do que nunca, a economia brasileira precisa de algum incentivo, sobretudo de queda da taxa básica de juros, segundo profissionais do mercado. Vale lembrar que parte da melhora do resultado e das projeções de lucro das empresas nos últimos meses vem do efeito da queda da Selic sobre os balanços financeiros somado ao enxugamento da estrutura operacional, sobretudo, da folha de pagamento.
Apesar da queda do minério de ferro no mercado à vista chinês (-0,26% no porto de Qingdao), a Vale apoia diretamente a alta do Ibovespa e, desde a abertura do mercado à vista americano, tem batido máximas com altas de mais de 1%.
Mais cedo, os EUA divulgaram dois dados que reforçaram a ideia de que o Federal Reserve pode aumentar os juros mais lentamente do que o mercado projeta. O índice de preços ao consumidor (CPI) ficou estável em junho ante maio, contrariando a previsão de alta de 0,1%. Já as vendas no varejo caíram 0,2% em junho ante maio, de estimativa de avanço de 0,1%.
Às 10h46, o Ibovespa subia 0,66% aos 65.605,90 pontos. Dow Jones subia +0,06%, depois de abrir em queda.