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Correção: Sem Neymar, seleção brasileira tem aproveitamento de pontos 13% menor

A nota enviada anteriormente continha erros no título, no primeiro e no terceiro parágrafos. Segue a versão corrigida:

A seleção brasileira vai estrear na Copa América na sexta-feira, diante da Bolívia, no Morumbi, sem contar com seu principal jogador, Neymar, e com a responsabilidade de desafiar a queda de rendimento que geralmente apresenta quando ele não está em campo. Desde a estreia do camisa 10 pela equipe, há quase nove anos, o Brasil disputou 123 partidas e obteve um aproveitamento de pontos 13% menor quando ele não esteve no time.

O chamado “fator Neymar” representa um diferencial considerável na história recente da seleção brasileira. A partir da estreia dele com a camisa amarela, em agosto de 2010, contra os Estados Unidos, o Brasil conquistou 76% de aproveitamento dos pontos. Já no recorte comparativo entre as partidas com e sem a presença dele a importância do jogador fica mais evidente.

Quando Neymar participou dos jogos, a seleção brasileira alcançou 78% de aproveitamento. Sem ele, o rendimento reduz 10 pontos percentuais e vai para 68%. A dependência do talento do Neymar desafia o técnico Tite na montagem da equipe para a Copa América. Com o principal jogador fora da equipe por se recuperar de lesão no tornozelo direito, além de problemas com uma acusação de agressão e estupro, a seleção vai precisar se reinventar.

Para o técnico Tite, a dificuldade em suprir a ausência de Neymar não assusta. “Uma equipe campeã se constrói durante a competição, ela aprende durante a competição, passa por adversidades, se confirma durante a competição, a cada passo, a cada jogo”, explicou o treinador no domingo, após o Brasil golear Honduras por 7 a 0 sem contar com a presença do atacante.

O camisa 10 tem um currículo de poucas derrotas com a camisa da seleção brasileira. Neymar só perdeu duas vezes em jogos oficiais pela equipe: para a Colômbia, na Copa América de 2015, e na eliminação diante da Bélgica na última Copa do Mundo. Dentro do Brasil, a seleção jamais sofreu uma derrota quando escalou o atacante.

Ele estava fora da seleção brasileira nos principais momentos de crise no últimos anos. Com uma lesão na coluna, desfalcou o time na goleada por 7 a 1 diante da Alemanha, na semifinal da Copa de 2014, e também na derrota no jogo seguinte, para a Holanda, na disputa de terceiro lugar. No ano seguinte, Neymar estava suspenso quando o Brasil decepcionou e foi eliminado pelo Paraguai nas quartas de final da Copa América.

A mesma punição disciplinar fez Neymar ficar fora da única derrota brasileira na campanha das Eliminatórias, os 2 a 0 sofridos diante do Chile. O atacante acabou poupado de um outro vexame da seleção, já em 2016. Como não foi liberado pelo Barcelona, o jogador não participou do fracasso na Copa América Centenário, nos Estados Unidos, competição marcada pela eliminação do Brasil na fase de grupos e pela demissão do técnico Dunga, dias depois.

Por outro lado, com Neymar em campo a seleção brasileira se destacou na campanha do título da Copa das Confederações, em 2013. O camisa 10 marcou quatro gols na competição. O atacante ainda participou da seleção olímpica e garantiu a medalha de ouro nos Jogos do Rio, em 2016, com direito a cobrar o pênalti decisivo na final, contra a Alemanha.

Semanas atrás, quando a seleção brasileira se preparava para a Copa América ainda em Teresópolis, Tite ressaltou a importância do jogador na equipe. “Neymar é imprescindível à seleção, insubstituível, não”, comentou. Agora, já sem contar com o craque, o treinador busca alternativas para fazer a seleção brasileira ser menos dependente de Neymar.

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