A comemoração pelo primeiro título do Atlético-MG na Copa do Brasil começou ainda dentro de campo, após a vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro na última quarta-feira. Com poucos torcedores no Mineirão, o time não fez a tradicional volta olímpica, mas foi para um canto do campo onde estava a torcida para comemorar. Depois de 90 minutos atuando dentro das quatro linhas, o zagueiro Leonardo Silva, capitão do time, levantou a taça para comemorar o título inédito.
“Poderiam fazer uma taça mais leve. Afinal são 18 quilos e depois de uma partida inteira, foi difícil segurá-la. Mas não tem gosto melhor do que levantá-la”, comemorou o capitão. No primeiro tempo, o zagueiro sentiu a coxa depois de uma disputa de bola, mas fez o possível para voltar bem no segundo tempo. “Tivemos pouco tempo. A fisioterapia entrou em ação para que a gente pudesse voltar com menos dor”, contou o jogador, que chegou a tomar injeções durante o intervalo para não ter que sentar no banco de reservas.
O esforço de todos os jogadores foi um ponto destacado pelo técnico Levir Culpi, durante coletiva após a partida. “Os caras deram 100% e eu nunca tive como cobrar. Se existe uma justiça nesse mundo, foi essa vitória”, afirmou o técnico. Ele lembrou também que a equipe do Atlético-MG teve que passar por grandes times como Corinthians e Flamengo antes de chegar à final da Copa do Brasil.
Para Culpi, a vitória nessa quarta-feira foi um misto de raça dos atleticanos e cansaço da equipe adversária. “Teve um pouco isso também (cansaço). Bom lembrar que o Marcelo (Oliveira) conseguiu montar um time muito bem estruturado, tocador de bola, que é a escola do Cruzeiro. Além disso, eles tinham alguns fatores positivos como jogar em casa e a conquista do Brasileiro. Só que eles encontraram um Atlético Mineiro que jogou com a alma, que é o que guia o time. Acho que nós vencemos porque vestimos a camisa do Atlético e acho que o título foi justíssimo ter ficado com o Atlético e o Brasileiro com o Cruzeiro”, defendeu o técnico do alvinegro.
Diego Tardelli, que recebeu o título de melhor jogador da competição, também destacou o esforço da equipe. Ele não descartou que os jogadores temiam o adversário. “A gente temia. Lógico que tem aquela adrenalina, aquele medo entre aspas, mas o medo também deixa a gente com coragem. O time se doou em campo, jogou com espírito de campeão. Agora vamos comemorar que a noite é nossa.”