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Na véspera de duelo decisivo, Scaloni esfria polêmica entre Menotti e Ruggeri

Além de comandar a seleção da Argentina, que tenta quebrar na Copa América um jejum de 26 anos sem a conquista de um título importante, o técnico Lionel Scaloni precisou administrar nesta quinta-feira uma polêmica entre César Luis Menotti e Óscar Ruggeri, ídolos da seleção. Os dois trocaram farpas públicas.

“Deste tema vou esclarecer uma coisa: outro dia disse que com Menotti temos boa relação e vou repetir: a relação está intacta. Sabemos do problema físico que ele tem. Dito isso, é um tema que hoje termina aqui. Sexta-feira temos um jogo importante, e não quero mais falar deste tema. A relação é muito boa, estamos em contato contínuo e nada mais, só importa o jogo. Ponto”, disse Scaloni, em entrevista coletiva, no Rio.

O ex-zagueiro, campeão mundial no México, em 1986, Ruggeri criticou o fato de Menotti, treinador no título mundial de 1978, não ter vindo para o Rio e defendeu a sua demissão do cargo de diretor de seleções da Associação de Futebol da Argentina (AFA). Menotti, de 80 anos, que está doente, devolveu a crítica, ao afirmar que Ruggeri, comentarista de TV, “passou dez anos comendo churrasco” na AFA.

Sobre o jogo contra a Venezuela, nesta sexta-feira, às 16 horas, no Maracanã, pelas quartas de final da Copa América, o treinador preferiu não revelar o time que vai colocar em campo. “O time eu não tenho ainda confirmado, porque ainda tenho algumas dúvidas, e os testes são testes, buscando o melhor e, sobretudo, vendo como podemos fazer danos ao rival. Com base nisso, temos claro como jogar e nesta sexta-feira decidiremos. Nós, quando falamos das dúvidas, é daquilo que queremos e o que buscamos.”

Scaloni considera que a vitória sobre o Catar (2 a 0) na última rodada da primeira fase deu a confiança que o time precisava para desenvolver um bom futebol na Copa América. “Estamos confiantes que podemos seguir avançando e se respira um ar positivo. Confiamos que podemos seguir e enfrentamos um rival importante, que criou dificuldades inclusive ao Brasil. Acreditamos que podemos ganhar, mas sempre respeitando o rival.”

O treinador não leva em conta a derrota para os venezuelanos, por 3 a 1, em amistoso de março. “É outro jogo. Como vocês sabem, naquele jogo atuamos com três zagueiros, e é uma escalação toda diferente, não só os jogadores como a tática. Não tem nada a ver. Claro que tomamos nota, mas é outro jogo.”

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