O leilão para a operação de um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre Ilhéus e Caetité (BA), nesta quinta-feira, 8, é "obviamente" muito atrativo para os donos da carga que está no foco do projeto – o minério de ferro -, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. A fala reforça a expectativa de que o principal candidato à concessão da ferrovia seja a Bahia Mineração (Bamin).
"No caso da Fiol, teremos um sistema de minas-ferrovia-porto, que é um clássico. Obviamente a ferrovia acaba sendo muito atrativa para quem é o dono da carga, para quem opera a mina, mas é bom que se diga que é uma ferrovia de integração", afirmou o ministro.
Pela própria estrutura verticalizada do setor ferroviário, o leilão da Fiol não deve registrar grande concorrência.
Em evento promovido pela B3 para falar da bateria de leilões de ativos de infraestrutura nesta semana, Freitas ponderou, por outro lado, que a Fiol é uma ferrovia de integração, apesar do foco no minério de ferro.
Isso porque o governo planeja conceder nos próximos anos outros dois trechos da Fiol, juntamente com a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico). Com isso, a expectativa é de que os trajetos formem, ao fim, um corredor ferroviário Leste-Oeste, ligando Lucas do Rio Verde (MT) a Ilhéus (BA).
"De fato é um projeto estruturante, que inclusive vai induzir novas cargas, e portanto é fundamental fazer esse leilão", disse o ministro.