Economia

Ações de techs se recuperam e bolsas de NY fecham em alta superior a 1%

Os mercados acionários americanos apagaram parte das perdas vistas na sessão anterior e fecharam em alta nesta terça-feira, 3, após terem renovado sucessivas máximas na hora final do pregão. A notícia de que a Casa Branca não pretende sobretaxar a Amazon ajudou a varejista e outras companhias de tecnologia a deixarem de lado o movimento baixista visto no início do dia e apoiarem os principais índices de ações de Nova York a fecharem em alta.

O Dow Jones encerrou o pregão em alta de 1,65%, aos 24.033,36 pontos; o S&P 500 avançou 1,28%, aos 2.614,45 pontos; e o Nasdaq subiu 1,04%, aos 6.941,28 pontos. Já o subíndice de tecnologia do S&P 500 fechou com ganho de 1,01%.

“As techs forneceram forte liderança para os mercados de ações por algum tempo e, com preocupações sobre o risco regulatório e modelos de negócios, isso aumenta potencialmente o risco de que a correção atual se estenda”, disse o chefe de receita de multiassets da Investec Asset Management. Papéis de gigantes de tecnologia ajudaram na recuperação das bolsas vista nesta terça-feira, com todas as FAANGs em alta. O Facebook subiu 0,46%, a Apple avançou 1,03%, a Netflix ganhou 1,21% e a Alphabet, controladora do Google, teve alta de 0,60%.

Já as ações da Amazon chegaram a saltar 3% durante o pregão, com a informação dada pela imprensa americana de que a Casa Branca não pretende sobretaxar a companhia, apesar das fortes e repetidas críticas do presidente americano, Donald Trump, contra a empresa. Os papéis da varejista fecharam a sessão com ganho de 1,46%.

Em análise enviada ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o fundador do Albright Investment Group, Victor Dergunov, traça três cenários possíveis para as giant techs. No primeiro, o atual momento vivido pelo setor não passa de um “processo de correção” porque a desaceleração iniciada em janeiro “ainda não foi totalmente precificada”.

Já o segundo cenário reflete maior volatilidade em ação. “Depois de anos de complacência sem precedentes, que foi, em grande parte, introduzida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), estamos em um período de maior oscilação”, afirmou Dergunov.

Já o terceiro cenário de Dergunov é mais apocalíptico. O economista aponta que podem existir problemas sérios e que alguma coisa estaria “quebrada” com alguns nomes do Nasdaq. “Se esse cenário se provar correto, não são apenas as techs que sofreriam. Todas as ações estariam em risco, mas os filhotes do Nasdaq, em particular, teriam alguns sérios riscos na atmosfera violentamente volátil”, diz o economista.

De acordo com o Bank of America Merrill Lynch, apesar da onda vendedora que atingiu ações de tecnologia em março, as techs lideraram em retorno no primeiro trimestre em relação a outros setores. O segmento de tecnologia apresentou retorno de 3,5% no período, de acordo com o banco americano.

As ações do Spotify, por sua vez, apresentaram avanço de 13,60%, a US$ 148,95 em relação ao preço de referência estipulado pela Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), de US$ 132. Esse foi o primeiro dia de negociação das ações da companhia em solo americano.

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