O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou em fevereiro, como reflexo em grande medida do crescimento do déficit de bens e da diminuição do superávit do país em serviços. O déficit comercial subiu 1,6% ante janeiro, para US$ 57,6 bilhões em fevereiro, após ajustes sazonais, na máxima desde outubro de 2008, informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira. As importações e as exportações tiveram crescimento mensal de 1,7%. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam déficit de US$ 57 bilhões.
O déficit comercial de janeiro foi levemente revisado, de US$ 56,6 bilhões antes informados para US$ 56,66 bilhões.
O relatório de fevereiro oferece uma fotografia do comércio dos EUA logo antes de que o presidente Donald Trump tivesse anunciado que imporia tarifas à importação de aço e alumínio. Economistas têm avaliado que as medidas podem elevar os preços aos consumidores e ainda reduzir os fluxos comerciais.
Em fevereiro, a alta nas exportações foi puxada por gastos maiores no exterior em suplementos e materiais usados na indústria, como petróleo e ouro, e também de veículos, partes de carros e motores dos EUA. O avanço das importações foi fruto de um salto nas vendas de bens de capital, incluindo aeronaves civis e computadores, além de gastos maiores com alimentos e bebidas.
As importações e as exportações tiveram ganhos similares, mas o declínio no superávit de serviços provocou o aumento do déficit, o maior desde os US$ 60,2 bilhões de outubro de 2008. O declínio foi motivado, em parte, por custos maiores com o uso de propriedade intelectual, em grande medida refletindo pagamentos pelos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018.
Num período mais amplo, o comércio internacional de bens e serviços avança, como reflexo da demanda saudável nos EUA e no mundo em geral. No país, as importações avançaram 9,1% no primeiro bimestre do ano, na comparação com igual período de 2017, enquanto as exportações cresceram 5,9% no mesmo período. O déficit comercial dos EUA cresceu 22,7% em janeiro e fevereiro, na comparação com os mesmos meses do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.