As bolsas europeias fecharam predominantemente em alta nesta segunda-feira, 21, com o alívio conferido ao comércio global pelo avanço nas negociações entre os Estados Unidos e a China, mas o noticiário político manteve no campo negativo os mercados na Itália e na Espanha.
O índice pan-europeu Stoxx 600 teve ganho de 0,30%, aos 395,87 pontos.
Mais cedo, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, anunciou que Washington e Pequim chegaram a um consenso pela suspensão das tarifas de US$ 150 bilhões em produtos do país asiático, apesar de manter a ressalva de que o governo dos EUA pode reaplicá-las a qualquer momento.
O próprio presidente Donald Trump se manifestou a respeito, comentando em sua conta no Twitter que, “sob um potencial acordo” comercial, a China compraria tantos produtos agrícolas dos EUA quanto os fazendeiros do país conseguissem produzir.
Os acenos foram a chave para, na Bolsa de Londres, o FTSE encerrar em alta consistente de 1,03%, aos 7.859,17 pontos, ajudada também pela depreciação da libra esterlina ante o dólar, que favorece empresas exportadoras. As ações da produtora de óleo e gás Frontera Resources saltaram 2,25% e as da mineradora Glencore, 1,93%.
Em Paris, o CAC 40 subiu 0,41%, para os 5.637,51 pontos. O destaque absoluto foi a disparada de 11,09% das ações da siderúrgica Vallourec. As da fabricante de aeronaves Airbus também tiraram proveito do noticiário comercial sino-americano, com salto de 3,05%.
Na Itália, os novos desdobramentos da formação de governo pelos partidos Movimento 5 Estrelas (M5S) e A Liga pressionaram o mercado acionário, com o FTSE MIB fechando em baixa de 1,52%, aos 23.092,38 pontos.
No domingo, as legendas anunciaram que haviam chegado a um acordo em torno dos nomes para compor o gabinete de ministros, enquanto o presidente do país, Sergio Mattarella, incluiu em sua agenda nesta segunda-feira encontros com os líderes das duas siglas para ouvir sua indicação para o cargo de primeiro-ministro.
As ações do Intesa Sanpaolo despencaram 7,33%, as da Telecom Italia perderam 1,27% e as da ENI escorregaram 3,19%.
Já a Bolsa de Madri caiu 0,45%, para os 10.066,50 pontos, em meio à turbulência política entre o governo central e as lideranças da Catalunha. Apesar de a assembleia regional ter eleito como líder o separatista Joaquim Torra, o primeiro-ministro Mariano Rajoy manteve a intervenção sobre a região, que já dura quase sete meses. Os papéis do Santander cederam 0,71%, os do Bankia recuaram 0,50% e os da ArcelorMittal perderam 2,09%.
O PSI 20, da Bolsa de Lisboa, fechou em alta de 0,60%, aos 5.749,83 pontos. Na Alemanha, um feriado nacional manteve os mercados financeiros fechados. (Com informações da Dow Jones)