O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, repetiu nesta segunda-feira, 21, que a desvalorização do real em relação ao dólar é um movimento global e lembrou que o Banco Central aumentou a intervenção no mercado para conter a volatilidade da moeda. “O real tem tido o mesmo movimento de outras moedas de países emergentes. O Banco Central aumentou a quantidade de swaps oferecidos ao mercado pra evitar excesso de volatilidade”, afirmou, em teleconferência com a imprensa estrangeira.
Na visão do ministro, a alta do dólar se deve à normalização da política monetária dos Estados Unidos. “É algo que não podemos evitar, não temos como evitar essa tendência. Tudo que podemos fazer é tentar evitar excessos de volatilidade”, respondeu.
Liquidez confortável
Guardia citou que o Brasil tem um colchão de liquidez confortável e não possui grande endividamento em dólar. Ele elencou o nível das reservas internacionais e o pequeno déficit nas contas externas, que é totalmente financiado por investimentos estrangeiros.
Juros baixos
Ele pontuou ainda que os juros básicos da economia estão no menor patamar histórico.
“O Brasil tem situação diferente de outros emergentes, porque reservas internacionais fortes”, completou.
Reformas
O ministro voltou a dizer ainda que o governo vai continuar a agenda de reformas e citou as medidas estruturais já aprovadas, como o teto de gastos, a reforma trabalhista e nova lei das estatais. “Temos muito a fazer, sobretudo a reforma da Previdência, que pretendemos aprovar no começo do próximo ano. Estamos trabalhando também pela privatização da Eletrobras”, acrescentou.
Segundo o ministro, a agenda de reformas é importante para que o país mantenha o que conquistou e tenha crescimento sustentável para os próximos anos.
Projeção para PIB
Ele citou medidas apresentadas para aumento da produtividade e confirmou que na terça-feira, 22, o governo deve divulgar uma nova previsão para o crescimento do PIB, no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.
O ministro não adiantou a novo parâmetro.