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Meio de campo se destaca e é protagonista do título corintiano no Brasileirão

Desde que o Brasileirão passou a ser disputado em pontos corridos, um “mantra” que passou a ser entoado por técnicos e especialistas dava conta que “só com um elenco grande e de qualidade pode-se ganhar o campeonato”. O Corinthians de 2015 tem esta qualidade, mas em meio aos mais de 30 atletas que formaram o grupo comandado por Tite ao longo da competição, três deles foram os principais responsáveis pela conquista: Elias, Jadson e Renato Augusto.

Se Cássio e Gil fizeram um ótimo trabalho para impedir os gols dos adversários e Vagner Love apareceu na reta final para marcar gols decisivos, o trio de meio de campo foi o responsável pela organização e criatividade da equipe. Eles deram 24 assistências e marcaram 23 dos 64 gols do ataque mais positivo da competição.

Os números mais impressionantes são os de Jadson. O jogador, que chegou ao clube após a polêmica troca com o São Paulo que envolveu a ida de Alexandre Pato para o rival, talvez tenha vivido o melhor momento da carreira neste Brasileirão. Foi um dos jogadores mais regulares da equipe, mostrou o já conhecido talento para bater na bola e ainda um faro de artilheiro poucas vezes visto antes. De seus pés, saíram simplesmente 25 dos gols corintianos, com 13 marcados por ele e mais 12 com suas assistências.

Se Jadson foi o destaque em termos de números, Renato Augusto se firmou como o motor do Corinthians neste Brasileirão. Assim como o colega, vive o melhor momento da carreira, que lhe rendeu inclusive o retorno para a seleção brasileira. Responsável pela ligação da defesa com o ataque, se destacou ainda mais no segundo turno da competição, quando ganhou confiança e passou também a auxiliar o ataque com belos passes, dribles e gols.

Do trio, talvez Elias tenha sido o menos brilhante, mas não dá para negar a importância de um dos melhores volantes do Brasil no momento, titular da seleção de Dunga. Sempre como elemento surpresa, foi uma importante válvula de escape para quando Jadson e Renato não estavam tão bem e deixou sua marca em cinco vitórias corintianas – contra Vasco, Flamengo, Atlético-PR, Chapecoense e Figueirense.

Mas o trio de meio de campo não teria se sagrado campeão se não fosse o apoio de um time forte, maduro taticamente e que criou uma identidade em campo tão forte, que manteve o desempenho mesmo quando desfalcado. Os já citados Cássio e Gil davam a consistência defensiva, Felipe e Uendel deixaram a desconfiança ao longo do torneio, Ralf voltou à velha forma e até o contestado Rodriguinho, antes esquecido, se tornou uma peça confiável para substituir Elias.

A principal história desta reta final de campeonato, no entanto, foi a de Vagner Love. Contratado no início do ano para atuar ao lado de Guerrero, fracassou nos primeiros meses. Não se firmou nem com a saída do então ídolo peruano, e viu Luciano ganhar a posição e se destacar. Somente com a lesão do colega, Love, por falta de opção, ganhou a titularidade. Ele oscilou, mas finalmente arrancou nos últimos jogos e se tornou decisivo para o título com os 13 gols que marcou.

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