Esportes

Bolt leva Jamaica ao tetra no 4x100m e fecha mais um Mundial perfeito

Os velocistas norte-americanos se apressaram ao apostarem que o “raio está morto” quando venceram a Jamaica de Usain Bolt na final do Mundial de Revezamentos, em maio, nas Bahamas. O troco veio na competição que importava, o Mundial de Atletismo de Pequim. Neste sábado, Bolt levou a Jamaica ao tetracampeonato e se despediu do Ninho do Pássaro com mais uma campanha perfeita, com três conquistas.

Ryan Bailey, que fechou a prova para os EUA nas Bahamas, emparelhado com Bolt, e que fez o polêmico gesto do “raio” sendo decapitado, não esteve no time americano em Pequim. A equipe foi formada por Trayvon Bromell, Justin Gatlin, Tyson Gay e Mike Rodgers, todos finalistas dos 100m. O time americano completou em segundo lugar, longe de Bolt, mas acabou eliminada por um erro na passagem do bastão.

Até os 300 metros de prova, americanos e jamaicanos estavam muito próximos, com os EUA um pouco à frente. Mas a passagem de Gay para Rodgers foi problemática, enquanto Bolt entrou rápido na reta, depois de receber o bastão de Nickel Ashmeade, e fechou em 37s36, melhor marca da temporada. Nesta Carter e Asafa Powell, antes, erraram a passagem e quase eliminaram a Jamaica.

Com o título do 4x100m livre, Bolt tem uma competição “major” perfeita pela quinta vez na carreira. Também nos Jogos Olímpicos de Pequim (2008) e Londres (2012) e nos Mundiais de Berlim (2009) e Moscou (2013), venceu os 100m, os 200m e o revezamento. Em Daegu (2011), ele queimou largada nos 100m e acabou sem medalha nesta prova – ganhou as demais. O astro ainda tem duas pratas, nos 200m e no revezamento, obtidas em Osaka (2007).

Em Pequim, com a eliminação dos EUA, a China ficou com a prata, com o tempo de 38s01, enquanto o Canadá levou o bronze, com 38s13. A Grã-Bretanha também foi eliminada. França (37s88) e Antígua e Barbuda (38s01) haviam ido ainda melhor na semifinal, mas não repetiram o desempenho na decisão e terminaram nos dois últimos lugares.

O Brasil não esteve na final, porque errou a passagem do bastão na semifinal. A equipe, que correu em 38s10 no Mundial de Revezamentos do ano passado, nas Bahamas, tem a esperança de conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio.

DOBRADINHA – Na prova feminina, deu Jamaica com uma sobra impressionante: 41s07, contra 41s68 dos Estados Unidos. O time formado por Veronica Campbell-Brown, Natasha Morrison, Elaine Thompson e Shelly-Ann Fraser-Pryce bateu o recorde do Mundial e registrou a segunda melhor marca da história.

O resultado das jamaicanas no Ninho do Pássaro só não é melhor do que o obtido pelos EUA na final olímpica de Londres, em 2012: 40s82. De lá para cá, entretanto, as americanas deram um passo atrás. Mesmo assim, o time de English Gardner, Allyson Felix, Jenna Prandini e Jasmine Todd sobrou contra os demais.

Trinidad e Tobago terminou em terceiro, com 42s03, e a Grã-Bretanha, em quarto, com 42s10, ambas as equipes batendo recorde nacional. Tais resultados preocupam porque o Brasil, que mira medalha nos Jogos Olímpicos, tem 42s29 como melhor marca.

Em Pequim, o time, desfalcado de Ana Cláudia Lemos, terminou em nono na semifinal, com 43s15, a 0s06 da vaga na final. Correram pelo Brasil Bruna Farias, Franciela Krasucki, Vitória Rosa e Rosângela Santos.

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