Esportes

Chierighini e Nicolas Nilo deixam Matheus Santana fora dos 100m livre no Rio-2016

Marcelo Chierighini e Nicolas Nilo Oliveira serão os representantes do Brasil nos 100m livre nos Jogos Olímpicos do Rio. Os dois foram os mais rápidos tanto das eliminatórias quanto das finais do Troféu Maria Lenk, evento-teste da natação no Estádio Aquático Olímpico, nesta segunda-feira, e carimbaram passaporte para representar o Brasil no Rio-2016. Deixam de fora, entre outros, o ex-recordista mundial júnior Matheus Santana.

Considerando também os resultados do Torneio Open, disputado em dezembro, em Palhoça (SC), Chierighini fez o melhor tempo entre os brasileiros: 48s20, nas eliminatórias desta segunda-feira – foi 0s03 mais lento na final. Por isso, será o titular do revezamento 4x100m medley no nado crawl.

A segunda marca ficou com Nicolas Nilo Oliveira, que fez 48s30 nas eliminatórias e 48s54 na final, completando em segundo lugar. Assim como Chierighini, ele está garantido no revezamento 4x100m livre. Antes, havia se classificado para os 200m livre e para o 4x200m.

As demais vagas no revezamento ainda precisam ser confirmadas pela comissão técnica, o que vai acontecer assim que acabar o Maria Lenk. A tendência é que sejam convocados mais dois atletas, que seriam João de Lucca (48s59 nas eliminatórias) e Matheus Santana (48s71 no Open). Na final do Maria Lenk, nesta segunda, ele fizeram respectivamente 48s68 e 48s80, em quarto e quinto lugares, atrás também do canadense Santo Condorelli.

Matheus Santana, que chegou a fazer 48s25 em 2014 e não repetiu mais os ótimos resultados, seria convocado para nadar apenas o revezamento 4x100m livre e, pelo regulamento dos Jogos, precisará competir na semifinal ou na final, sob o risco de a equipe ser eliminada. João de Lucca estará nos Jogos para os 200m livre e, por isso, sua participação no revezamento não é mandatória.

Nos Jogos, a comissão técnica pode optar por abrir espaço no revezamento para os nadadores que se classificarem nos 50m livre. O problema é que Bruno Fratus fez 49s70 como melhor resultado nos 100m, pela manhã, e dificilmente merecerá essa chance. Cesar Cielo, por outro lado, fez 48s97 nas eliminatórias – depois, desistiu de nadar a final dos 100m. Caso se classifique nos 50m, na quarta-feira, pode ser aproveitado no revezamento. Senão, fica fora dos Jogos.

Gabriel Santos (48s84 na final) e Alan Vitória (48s96 no Open) também nadaram abaixo do índice olímpico nos 100m, mas não irão ao Rio-2016. Henrique Martins tinha a expectativa de fazer o índice, mas, doente, não competiu nesta segunda-feira.

Com os resultados do Maria Lenk, o Brasil tem Chierighini em nono do ranking mundial Nilo em 11.º e João de Lucca em 19.º. França e Austrália também tiveram seletivas fortíssimas e ambos têm quatro atletas cada no Top 25 do ranking mundial. A soma dos tempos dos quatro melhores brasileiros é 3min13s80, contra 3min12s07 dos australianos e 3min12s41 dos franceses. Os EUA também devem brigar pela medalha no 4x100m livre no Rio-2016.

OUTRAS PROVAS – Thiago Pereira falhou na tentativa de classificação ao Rio-2016 nos 200m peito. Ele venceu a prova no Troféu Maria Lenk, com o tempo de 2min11s86, e ficou a 0s20 do mínimo necessário. Os representantes serão Thiago Simon, que fez 2min11s29 no Torneio Open e disputará sua primeira Olimpíada, e Tales Cerdeira, que marcou 2min10s99 nas eliminatórias do Maria Lenk. Em Londres, Tales foi semifinalista da prova.

Os 200m peito confirmaram a ausência de Felipe Lima na Olimpíada. Bronze no Mundial de 2013 nos 100m peito, ele não conseguiu a vaga na prova mais curta (fez índice, mas ficou abaixo de João Luiz Gomes Júnior e Felipe França) e também não teve sucesso nos 200m. Na final, fez só 2min14s94, em penúltimo.

Nos 200m borboleta, Joanna Maranhão assegurou o direito de nadar a prova no Rio-2016 mesmo sem ter feito o chamado “índice A” da Federação Internacional de Natação (Fina), também exigido pela confederação brasileira (CBDA). Ela será convocada para competir nos 200m medley, prova no qual atingiu o índice, e pode ser inscrita nos 200m borboleta porque tem o “índice B”, mais fraco, e porque o Brasil não terá outra representante na disputa.

Nesta segunda-feira, ela venceu o Maria Lenk com o tempo de 2min11s75, baixando em 0s01 a marca da manhã. Ficou relativamente distante do índice A, que é 2min09s33. A segunda melhor brasileira, Maria Pessanha, completou a prova em 2min17s11.

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