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Em estádio padrão Fifa e com filas por ingresso, Brasil perde do Uruguai no rúgbi

Em estádio padrão Fifa e com torcida de futebol, a seleção brasileira masculina de rúgbi enfrentou o Uruguai no Allianz Parque, o estádio do Palmeiras, diante de 7.696 pessoas, pelo Campeonato Sul-Americano. O resultado não foi o mais animador – derrota por 36 a 14 para os tradicionais rivais -, mas o importante para a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) foi conquistar novos fãs e tornar a modalidade um pouquinho mais conhecida. Até uma pesquisa encomendada pela entidade mostrou que 52% das pessoas que foram à arena assistiram pela primeira vez a um jogo de rúgbi.

Muita gente deixou para comprar ingresso de última hora e, com apenas cinco bilheterias abertas segundo a CBRu, filas enormes se formaram no entorno do estádio, causando irritação em quem esperava para poder entrar na arena. A CBRu já tinha informado que temia as grandes filas e pedia para que os torcedores comprassem ingressos antecipadamente pela internet. Mas de nada adiantou a orientação. Muita gente só conseguiu entrar no segundo tempo do duelo.

“Fizemos uma campanha pedindo para as pessoas chegarem cedo, e tivemos 4 mil ingressos vendidos antecipadamente. Calculávamos que viriam de duas a três mil pessoas em cima da hora e às 14h30 estava bem tranquilo. O problema foi a partir das 15h30 e a venda de ingressos acabou sendo um gargalo. Teve gente que acabou desistindo de ver o jogo, as pessoas ficaram chateadas por não entrar, com razão, mas não teve confusão”, afirmou Bernardo Duarte, diretor de torneios e eventos da CBRu.

Ele explica que para o próximo duelo, sábado, contra o Chile, no Pacaembu, a operação será diferente. “Estamos crescendo também fora de campo e aprendendo com isso. Vamos melhorar a operação da partida para o jogo no Pacaembu e, como o ingresso será trocado por alimentos, vamos montar vários pontos de troca para que o processo seja bem mais ágil”, continuou Bernardo, lembrando que no momento que a situação ficou mais complicada no Allianz Parque, eles aumentaram para oito o número de bilheterias.

De qualquer forma, os fãs que conseguiram entrar puderam vibrar com cada jogada de velocidade das equipes, com cada chute e cada trombada. Tinha bateria organizada para animar as arquibancadas e muito torcedor que ainda procurava entender direito esse esporte que agora faz parte do programa olímpico na versão sevens.

Para Agustín Danza, CEO da CBRu, aos poucos a modalidade vai crescendo no País. “Quando fizemos o jogo no Pacaembu, demos um grande passo que foi colocar 10.500 pessoas em uma partida de rúgbi. Isso nos deu coragem para perseguir novos desafios. Estávamos há mais de um ano tentando jogar aqui no Allianz Parque e finalmente acertamos”, explica o dirigente.

Para viabilizar o aluguel do campo, cobrou-se ingresso de R$ 20, com possibilidade de meia-entrada e bilhetes gratuitos para menores de 12 anos e maiores de 60 anos. “Com os ingressos que vendemos, acho que zeramos a conta. Não buscávamos o lucro com esse jogo. Colocamos a R$ 20, muita gente paga meia-entrada, é um bilhete barato”, conta.

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