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Corinthians erra, perde de virada para o Vitória e amplia má fase

A crise está instalada de vez no Corinthians. O time que vinha de quatro empates seguidos, eliminações no Campeonato Paulista e na Copa Libertadores, cansou de perder gols diante do Vitória, abusou das falhas defensivas e voltou com derrota dolorosa do Barradão, por 3 a 2, diante de um rival que não fará muito neste Campeonato Brasileiro e havia perdido na estreia. Após duas rodadas no Nacional, o atual campeão figura entre os piores, com apenas um ponto, e, pior, perdeu o apoio de sua irritada torcida.

Quinta-feira, diante da Ponte Preta, volta ao Itaquerão, onde ganhou pela última vez, há mais de um mês (aquele 6 a 0 no frágil Cobresal). Receberá uma equipe campineira tranquila sob enorme pressão de seus torcedores. Tite, que costuma fazer coisas diferentes, precisará de mágica para acalmar os nervos e recolocar o Corinthians nos trilhos. Ele mesmo já anda enfrentando cobranças por insistência com alguns nomes, como Elias e André.

Não que a equipe tenha jogado mal diante do Vitória. Mas os erros costumam custar caro e o ditado “quem não faz, toma”, foi bastante verdadeiro no Barradão. Preciosismo demais na frente e falhas em demasia atrás custaram pontos preciosos num jogo que passou impressão de triunfo fácil em boa parte da primeira etapa, mas acabou em derrota para o Vitória, que voltará a jogar na próxima quarta diante do América Mineiro, em Belo Horizonte.

O JOGO – O Corinthians entrou em campo no Barradão com uma troca surpreendente: a saída de Cássio para a entrada de Walter no gol. Mas a mudança significativa foi a postura em campo. Logo após um susto com bola na trave aos dois minutos, a equipe dominou o primeiro tempo no Barradão. Se impôs como deve ser a atitude de um campeão e, na base da velocidade e na troca de passes, cansou de chegar ao gol de Fernando Miguel.

Caprichasse um pouquinho mais e levava um placar elástico para os vestiários. Marquinhos Gabriel, cara a cara, quis inventar com uma cavadinha (parou no goleiro), André, Felipe, Elias, Fagner, todos falharam no toque final para balançar as redes.

Nos primeiros 45 minutos, esses erros não pesaram tanto graças ao poder ofensivo pelas beiradas. Com José Welison e Diego Renan pendurados com o cartão amarelo, Tite sabiamente pediu para as jogadas acontecerem pelas beiradas, em alta velocidade.

E foi justamente pelo canto dos campos que saíram os gols. Primeiro com Guilherme servindo Uendel, aos 25. Depois com Giovanni Augusto encontrando Fagner aos 38. Leandro Domingues ainda havia empatado aos 29, após batalhar muito pela bola, num raro lance de ataque do Vitória.

Corinthians elétrico em 45 minutos, dormindo no início da etapa final, sem conseguir manter aquele domínio. O Vitória voltou para a segunda etapa com a missão de neutralizar as laterais e tentar equilibrar o jogo. Conseguiu não apenas empatar, como virar, aproveitando as falhas defensivas corintiana. Na igualdade, Felipe perdeu na lateral e na hora de Uendel cortar, o lateral chutou em cima de Marinho, que fez aos 11. O Corinthians reclamou de toque de mão do atacante, mas o confuso Heber Roberto Lopes disse que a bola bateu no ombro.

Nove minutos mais tarde e Kieza fez o terceiro. Tabelou com Leandro Domingues e, nas costas de Balbuena, tocou com classe na saída de Walter.

Tite, então, resolveu apelar para seu banco de reservas. Colocou Marlone, Romero e Luciano e viu os três, em seus primeiros lances, perderem chances incríveis de empate. A mudança no gol não valeu, já que Walter foi vazado três vezes. Sem falhas, é bem verdade. Como castigo, Tite deve é colocar todo mundo para chutar a gol, colocar o pé na fôrma. E buscando novas alternativas no elenco, já que Elias, pelo Brasil, e Balbuena, no Paraguai, vão jogar a Copa América Centenário, nos EUA.

FICHA TÉCNICA
VITÓRIA 3 x 2 CORINTHIANS

VITÓRIA – Fernando Miguel; José Welison (Norberto), Victor Ramos, Ramon e Diego Renan; Amaral, Marcelo, Leandro Domingues (Tiago Real) e Vander; Marinho e Kieza (Dagoberto). Técnico: Vágner Mancini.

CORINTHIANS – Walter; Fagner, Felipe, Balbuena e Uendel; Bruno Henrique; Elias (Luciano), Giovanni Augusto (Romero), Guilherme e Marquinhos Gabriel (Marlone); André. Técnico: Tite

GOLS – Uendel, aos 25, Leandro Domigues, aos 29, e Fágner, aos 38 minutos do primeiro tempo; Marinho, aos 11, e Kieza, aos 20 do segundo.

ÁRBITRO – Heber Roberto Lopes (SC)

CARTÕES AMARELOS – José Wellison, Diego Renan, Vander, Norberto, André, Bruno Henrique, Elias e Balbuena.

CARTÃO VERMELHO – Vander.

RENDA – R$ 314.847,00

PÚBLICO – 12.693 pagantes.

LOCAL – Barradão, em Salvador (BA).

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