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México busca empate e Venezuela deve encarar Argentina nas quartas de final

A seleção do México sofreu diante da surpreendente Venezuela na noite desta segunda-feira, mas garantiu o primeiro lugar do Grupo C, o que evita um embate direto com a Argentina logo nas quartas de final da Copa América Centenário. Jogando em Houston, o time do técnico Juan Carlos Osorio saiu atrás no placar, mas buscou o empate aos 34 minutos do segundo tempo.

Com o empate, o México sustentou a primeira posição da chave, com sete pontos. A Venezuela, que ajudou a eliminar o Uruguai na rodada passada, tem a mesma pontuação, mas leva desvantagem no saldo de gols. Assim, ficou com o segundo posto do Grupo C, o que deve render um confronto com a Argentina.

O time argentino já está garantido na próxima fase, mas ainda enfrentará a Bolívia nesta terça para confirmar a primeira colocação do Grupo D. Chile e Panamá, com os mesmos três pontos, disputam a outra vaga da chave. Quem vencer vai encarar os mexicanos nas quartas de final.

O JOGO – Novamente com mudanças no time, o México do técnico Osório entrou em campo com uma linha de quatro na defesa, ao contrário do trio que compôs o setor defensivo nas duas primeiras partidas desta Copa América Centenário. Mas a alteração não trouxe bons resultados, pois logo aos nove minutos a surpreendente Venezuela abriu o placar.

O lance teve início em cobrança de falta de Guerra, que levantou na área. Santos escorou de cabeça e José Velázquez acertou um voleio certeiro, marcando um lindo gol. O duelo, que vinha parelho até então, foi desequilibrado pelo gol. Com vantagem, a Venezuela recuou e o México, em busca do prejuízo, foi para o ataque.

E logo o México já levava perigo ao gol defendido por Dani Hernández, seja por bolas aéreas, seja por finalizações de fora da área. Na melhor oportunidade, Lozano tabelou na entrada da área e bateu forte. Hernández fez a defesa, aos 21. Por cima, o time mexicano ameaçou com Herrera, cabeceando rente ao travessão, aos 31, e Corona, aos 34.

As boas chances do México só não se transformavam em gols por causa da falta de pontaria. E, logo, as ameaças, nem tão assustadoras dos mexicanos, deram confiança aos venezuelanos, que terminaram o primeiro tempo procurando o ataque.

O segundo tempo, porém, começou novamente com o México partindo para o ataque. Aos 4, Peralta já levava perigo. Não marcou porque a defesa bloqueou na hora em que completaria cruzamento preciso na área. Outra grande chance surgiu aos 19, quando o volante Molina surgiu por trás, sem marcação, e bateu rasteiro, rente à trave.

A Venezuela respondeu na sequência. Martínez, que acabara de entrar em campo, teve a chance para “matar” o jogo. Aos 20, ele recebeu boa enfiada pela esquerda e ficou cara a cara com Jesús Corona. No entanto, bateu fraco e facilitou a defesa do goleiro.

Sem conseguir assustar a defesa venezuelana, Osório resolveu fazer mais mudanças na equipe. Tirou o volante Molina e colocou o atacante Chicharito Hernández em campo. Mas foi outra mudança que surtiu efeito na equipe mexicana. Jesús Corona, que entrou no lugar do meia Aquino ainda na etapa inicial, foi o responsável por decretar o empate.

O lance decisivo aconteceu aos 34 em jogada individual. Corona partiu da intermediária e, no caminho até a finalização, deixou quatro marcadores para trás. Com um forte chute no canto, empatou a partida.

Neste momento, o México já dominava completamente a partida. Antes do empate, teve duas chances incríveis, uma aos 29 (que obrigou o goleiro Dani Hernández a fazer duas defesas espetaculares), e outra aos 34, com o próprio Corona.

Acuada, quase desistindo do jogo, a Venezuela esboçou reação nos minutos finais e até teve chance para anotar o segundo. Mas já era tarde demais para evitar o empate.

FICHA TÉCNICA:

MÉXICO 1 x 1 VENEZUELA

MÉXICO – Jesús Corona; Aguilar, Diego Reyes, Héctor Moreno, Torres Nilo (Layún); Molina (Chicharito Hernández), Herrera, Guardado, Javier Aquino (Jesús Corona), Lozano; Oribe Peralta. Técnico: Juan Carlos Osorio.

VENEZUELA – Dani Hernández; Alexander González, Wilker Ángel, José Velázquez, Feltscher; Tomás Rincón, Seijas, Alejandro Guerra (Otero), Peñaranda; Christian Santos (Rondón) e Yonathan Del Valle (Martínez). Técnico: Rafael Dudamel.

GOLS – José Velázquez, aos 9 minutos do primeiro tempo. Jesús Corona, aos 34 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Alexander González, Christian Santos, Herrera, Molina, Peñaranda.

ÁRBITRO – Yadel Martínez (Cuba).

LOCAL – NRG Stadium, em Houston (EUA).

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